quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Papa dedica última catequese do ano ao Menino Jesus

Foco da catequese foi a humildade do Menino Jesus, uma graça a ser pedida pelos fiéis, disse o Papa

Jéssica Marçal
Da Redação
Em manhã fria em Roma, Papa fez a última catequese de 2015 / Foto: Reprodução CTV
Em manhã fria no Vaticano, Papa fez a última catequese de 2015 / Foto: Reprodução CTV
A última catequese do Papa Francisco em 2015, nesta quarta-feira, 30, foi dedicada ao Menino Jesus. O convite aos fiéis foi para que sigam o exemplo de humildade dado por Jesus.
Francisco observou que a devoção ao Menino Jesus foi muito difundida por santos e santas, como Santa Teresa di Lisieux, conhecida como Santa Teresa do Menino Jesus, que soube viver e testemunhar a “infância espiritual” que se assimila ao meditar a humildade de Deus que se fez pequeno para a humanidade.
Este é um mistério grande, Deus é humilde! Nós que somos orgulhosos, cheios de vaidade e acreditamos ser grande coisa, somos nada! Ele, o grande, é humilde e se faz menino. Este é um verdadeiro mistério! Deus é humilde. É belo!”.
Toda a vida terrena de Jesus, pontuou o Papa, é revelação e ensinamento e este tempo do Natal é o momento de recordar sua infância. Francisco afirmou que contemplar Jesus Menino é uma necessidade para crescer na fé, embora não se saiba muito sobre esse período de sua vida: após a passagem da apresentação no Templo, os relatos dão um salto para quando Jesus já tinha 12 anos.
Diante de Jesus somos chamados a abandonar a nossa pretensão de autonomia para acolher, em vez disso, a verdadeira forma de liberdade, que consiste em conhecer quem temos diante de nós e servi-Lo. Ele, menino, é o Filho de Deus que vem nos salvar. Veio a nós para nos mostrar a face do Pai rico de amor e de misericórdia”.
Francisco encerrou a catequese com um convite aos fiéis: “Será belo hoje quando vocês voltarem para casa aproximar-se do presépio e beijar o Menino Jesus e dizer: ‘Jesus, eu quero ser humilde como você, humilde como Deus’ e pedir essa graça”.

FONTE: CANÇÃO NOVA

Mais de 3 milhões de fiéis estiveram com o Papa no Vaticano em 2015

Estimativa foi apresentada pela Prefeitura da Casa Pontifícia e só inclui audiências no Vaticano


Da Redação, com Serviço de Informação do Vaticano
Vaticano_
Vista parcial da Praça São Pedro, onde os fiéis se encontram com o Papa em momentos públicos / Foto: Arquivo
A Prefeitura da Casa Pontifícia divulgou  um comunicado informando que, em 2015, mais de 3 milhões de fiéis participaram de diversos encontros com o Papa Francisco. O número é uma estimativa e inclui apenas as audiências realizadas no Vaticano.
Nas audiências gerais, as tradicionais “catequeses” de quarta-feira, foram 704.110 pessoas; nas audiências especiais, 408.760; nas celebrações litúrgicas na Basílica Vaticana e na Praça São Pedro 513.000; e nos Angelus e Regina Coeli, 1.585.000. Estes dados não incluem outros atos com participação dos fiéis, como as viagens apostólicas internacionais (Sri Lanka e Filipinas, Sarajevo, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos, Quênia, Uganda e República Centro-Africana) nem aquelas realizadas na Itália ou visitas na diocese de Roma.
No total, o número estimados de fiéis é de 3.210.860. A Prefeitura da Casa Pontifícia recorda que se trata de dados aproximados, calculados com base em pedidos de participação nos encontros com o Papa e nos convites distribuídos pela Prefeitura. Também tem como base o número de presenças em momentos como o Angelus e as grandes celebrações na Praça São Pedro.
A Prefeitura da Casa Pontifícia é o órgão vaticano responsável por organizar todas as audiências solenes do Santo Padre, sejam elas privadas, especiais ou gerais, bem como as visitas permitidas das pessoas ao Papa. Também cabe ao órgão os preparativos quando o Santo Padre sai do Palácio Apostólico para visitar Roma ou a Itália.

FONTE: CANÇÃO NOVA

SANTO DO DIA - São Silvestre I - Papa do início da Igreja

Este Papa do início da nossa Igreja era um homem piedoso e santo, mas de personalidade pouco marcada

São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais que servi-lo se terá antes servido dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebe o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.

E na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.

E talvez São Silvestre, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores por que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, terá preferido agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.
Constantino terá certamente exorbitado. Mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissenções ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, se vê de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.
Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo, e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros.

Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se a aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.
Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por S. Silvestre.

Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até à sua queda em poder dos turcos otomanos, em 1453.
Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de S. Silvestre, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e mais tarde a S. João Batista e S. João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.

Depois de um longo pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. Sepultado no cemitério de Priscila, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.

São Silvestre, rogai por nós!

7º Dia na Oitava do Natal - Quinta-feira 31/12/2015

Evangelho (Jo 1,1-18)
 
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio, estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.
6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz:9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.



Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.