sábado, 31 de janeiro de 2015

Presidente da CNBB consulta dioceses sobre Sínodo da Família



Consulta ao povo é um pedido do Papa Francisco, que tem incentivado a participação das comunidades nas reflexões do Sínodo

Da Redação, com CNBB

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, enviou uma carta aos bispos do Brasil pedindo uma consulta pública sobre o Sínodo da Família, que será concluído no próximo mês de outubro.
Cardeal Raymundo Damasceno envia carta aos bispos pedindo que consultem o povo sobre temas do Sínodo da Família / Foto: Arquivo CN - Daniel Mafra
Cardeal Raymundo Damasceno envia carta aos bispos pedindo que consultem o povo sobre temas do Sínodo da Família / Foto: Arquivo CN – Daniel Mafra
Ficaria muito grato se o senhor promovesse uma consulta ampla com o Povo de Deus da sua diocese para o bom êxito do processo sinodal que se concluirá com a segunda e última etapa do Sínodo sobre a Família, em outubro próximo. Aproveito para pedir as orações de sua diocese para a família e a próxima Assembleia Sinodal”, são as palavras do cardeal, que é arcebispo de Aparecida (SP).
A iniciativa do presidente da CNBB é motivada a partir do comunicado do secretário-geral do Sínodo, Cardeal Lorenzo Baldisseri, que pede a realização de “uma ampla consulta com todo o povo de Deus sobre a família segundo a orientação do processo sinodal”.
Diante da solicitação da Santa Sé, Dom Damasceno, que é presidente delegado do Sínodo, pede a contribuição das dioceses do Brasil com a consulta sobre a família.
O texto de trabalho (Instrumentum laboris) da primeira fase do Sínodo também contou com a colaboração das dioceses de diversos países. A consulta ao povo é um pedido do Papa Francisco, que tem incentivado a participação das comunidades nas reflexões do Sínodo.
Ouvir o povo

O primeiro dos documentos da 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, os Lineamenta, além das reflexões, apresenta uma série de perguntas. O objetivo é avaliar o texto produzido pelos bispos e solicitar o aprofundamento do trabalho iniciados durante a Assembleia. Ao todo, o documento propõe 46 questões para serem refletidas e orientadas a partir de temáticas:
O contexto sociocultural”, “A relevância da vida afetiva”, “A família no desígnio salvífico de Deus”, “A indissolubilidade do matrimônio e a alegria de viver juntos”, “Cura pastoral de quantos vivem no matrimônio civil ou convivem”, “A atenção pastoral às pessoas com tendência homossexual”, “O desafio da educação e o papel da família na evangelização”.
Orientações

A CNBB irá receber as contribuições e produzirá uma síntese do material coletado nas igrejas particulares. Posteriormente, esse conteúdo será enviado à secretaria-geral do Sínodo, responsável em preparar o texto de trabalho para a 14ª Assembleia Geral Ordinária, que ocorrerá de 4 a 25 de outubro próximo, no Vaticano. O tema proposto será “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.
A secretaria do Sínodo orienta, ainda, que as Conferências Episcopais escolham as modalidades adequadas para produzir as reflexões, conforme orienta o documento. Outra sugestão é que agentes de pastorais das Igrejas particulares e instituições acadêmicas, organizações, movimentos laicais e outras instâncias eclesiais sejam envolvidos no trabalho.
(Com informações da Secretaria do Sínodo – Vaticano)

FONTE>: CANÇÃO NOVA

SANTO DO DIA - São João Bosco, um homem voltado para o céu

Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.
Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.
Dom Bosco, criador dos oratórios; catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.
Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.
São João Bosco, rogai por nós!

FONTE: CANÇÃO NOVA

Sábado 31/01/2015

Evangelho (Mc 4,35-41)
 
O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Glória a vós, Senhor.

35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”



Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Quem privatiza a salvação não segue a via de Jesus, diz Papa

Francisco lembrou que a salvação de Deus é para todos, não para pequenas elites; privatizar a salvação é uma forma errônea de vida cristã, disse

Da Redação, com Rádio Vaticano
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Francisco lembra que a salvação é para todos; privatizar a salvação é uma forma errônea de vida cristã / Foto: L’Osservatore Romano
Não seguem a nova via aberta por Jesus aqueles que privatizam a fé fechando-se em “elites” que desprezam os outros. Isso foi o que afirmou o Papa Francisco durante a homilia desta quinta-feira, 29, na Casa Santa Marta. Francisco alertou para o fato de que existem formas errôneas de vida cristã, como aquela que busca privatizar a salvação.
A partir da Carta aos Hebreus, presente na liturgia do dia, o Santo Padre explicou que Jesus salvou cada um individualmente, mas como parte de um povo. Dessa forma, não existe salvação apenas para uma pessoa. “Se eu entendo a salvação assim, pego a estrada errada. A privatização da salvação é uma estrada errada”.
O Papa indicou três critérios para não privatizar a salvação: a fé em Jesus, a esperança e a caridade. “Se numa comunidade não se fala, não se encoraja um ao outro nessas três virtudes, seus membros privatizaram a fé. Cada um busca a sua própria salvação, não a salvação de todos, a salvação do povo. E Jesus salvou cada um, mas num povo, numa Igreja”.
Francisco mencionou ainda o conselho prático dado pelo autor da Carta aos Hebreus: “Não desertemos as nossas reuniões, como alguns têm o hábito de fazer”. Essa é uma atitude que acontece quando se está em uma reunião – na paróquia ou em um grupo – e se julga os outros, com uma espécie de desprezo.
Desprezam os outros, abandonam a comunidade inteira, desertam o povo de Deus, privatizaram a salvação. Esta é para mim e para meu grupinho, mas não para todo o povo de Deus. E este é um erro muito grande. É o que chamamos – e vemos – de ‘as elites eclesiais’. Quando, em meio ao povo de Deus, há esses grupinhos, pensam ser bons cristãos, e talvez tenham até boa vontade, mas privatizaram a salvação”.
O Pontífice destacou que Deus traz a salvação para o povo, não para as elites que o homem produz com suas filosofias e modos de entender a fé. Ele convidou cada um a parar e refletir para descobrir se está privatizando a salvação ou doando-se para a comunidade.
Que o Senhor nos dê a graça de nos sentirmos sempre povo de Deus, salvos pessoalmente. Isso é verdade: Ele nos salva com nome e sobrenome, mas salvos num povo, não no grupinho que eu crio para mim”.

Fonte: Canção Nova

8 de fevereiro é o primeiro Dia de oração contra o tráfico humano

O dia convocado pelo Papa Francisco irá refletir sobre o problema, considerado “uma das piores escravidões do século XXI”, que atinge cerca de 21 milhões de pessoas

Da redação, com Rádio Vaticano

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Cerca de 21 milhões de pessoas são vítimas do tráfico para diversos fins; 60% das vítimas são mulheres e menores / Foto: Wesley Almeida
No próximo dia 8 de fevereiro será celebrado o primeiro Dia Internacional de oração e reflexão sobre o Tráfico de seres humanos – tema várias vezes abordado pelo Papa Francisco desde o início do seu Pontificado.
A iniciativa é promovida pelos Pontifícios Conselhos dos Migrantes e da Justiça em parceria com a União Internacional dos Superiores Gerais dos institutos religiosos masculinos e femininos (Uisg e Usg). Será celebrada no dia em que Igreja recorda a Santa Josefina Bakhita – escrava sudanesa que se tornou religiosa canossiana e foi canonizada no ano 2000.
Na próxima terça-feira, no Vaticano, acontecerá a coletiva de imprensa para a apresentação do Dia, que terá como tema “Acenda uma luz contra o tráfico”.
Participam da coletiva os presidentes e prefeitos dos dicastérios patrocinadores da iniciativa: Card. João Braz de Aviz (Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica), Card. Antonio Maria Vegliò (Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes) e Peter Kodwo Appiah Turkson (Pontifício Conselho da Justiça e da Paz). Também estará presente, entre outras irmãs, a coordenadora da rede internacional de religiosas contra o tráfico Thalita Kum, Ir. Gabriella Bottani, que trabalhou no Brasil.
O tráfico de seres humanos “é uma das piores escravidões do século XXI “ e “diz respeito a todo o mundo”, lê-se no comunicado dos religiosos. Citando dados da Organização Internacional do Trabalho e do Escritório da ONU contra a Droga e o Crime (Unodc), os religiosos lembram que cerca de 21 milhões de pessoas são vítimas do tráfico para diversos fins: exploração sexual, trabalho forçado, tráfico de órgãos, mendicância, servidão doméstica, matrimônio forçado e adoção ilegal. Cerca de 60% das vítimas são mulheres e menores.
O Dia mundial contra o Tráfico de 2015 insere-se ainda significativamente dentro do Ano dedicado à Vida Consagrada e será, portanto, de estímulo para todas as religiosas e os religiosos espalhados pelo mundo para lerem os “sinais dos tempos e a repensarem em termos proféticos o presente e o futuro da própria vida consagrada”.

Fonte: Canção Nova

3ª Semana Comum - Sexta-feira 30/01/2015

Evangelho (Mc 4,26-34)
 
O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.
28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”.
30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”.
33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.



Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Papa alerta sobre a realidade da ausência paterna

Na catequese de hoje, Francisco retomou ciclo de reflexões sobre família, concentrando-se na palavra “pai” e na realidade da ausência paterna

Jéssica Marçal
Da Redação
Na catequese de hoje, Francisco fala aos fiéis sobre os pais, com foco na ausência paterna / Foto: Reprodução CTV
Na catequese de hoje, Francisco fala aos fiéis sobre os pais, com foco na ausência paterna / Foto: Reprodução CTV
Retomando nesta quarta-feira, 28, o ciclo de catequeses sobre família, o Papa Francisco se concentrou na figura paterna, alertando sobre o risco da ausência dos pais para os filhos.
A ausência da figura paterna nas crianças e nos jovens produz lacunas e feridas que podem ser muito graves”. Como exemplos, o Papa citou a carência de exemplos para os filhos, a falta de condução, de proximidade e de amor por parte do pai. Isso resulta em jovens sem valores, propensos a buscarem ídolos que preencham seus corações.
Francisco explicou que a palavra “pai” indica uma relação fundamental, cuja realidade é tão antiga quanto a história do homem. Para os cristãos, assume significado especial, pois é o modo como Jesus ensinou o homem a se dirigir a Deus.
Hoje, porém, a sociedade sofre com a ausência paterna. Segundo o Papa, trata-se de uma realidade que, em um primeiro momento, foi percebida como uma libertação daquela figura de “pai patrão”,  que representava, muitas vezes, um obstáculo à liberdade dos jovens.
O autoritarismo que muitas famílias viveram com a figura paterna não é uma atitude boa, reconheceu o Santo Padre, mas se passou de um extremo a outro. Hoje, o problema não é um “pai invasor”, mas pais concentrados em si mesmos, no próprio trabalho e na própria realização pessoal.
O Papa alertou que essa realidade gera jovens órfãos dentro das próprias famílias, porque os pais são ausentes e, mesmo quando estão em casa, acabam não se fazendo presentes para os filhos.
Às vezes, parece que o pai não sabe que lugar ocupar na família e, na dúvida, se abstém”, disse o Papa, explicando que o pai tem sim que ser um companheiro para o filho, mas sem deixar de ser pai.
Francisco considerou ainda a responsabilidade paterna que a comunidade civil tem com os jovens. Também ela deixa os jovens órfãos ao não dar a eles perspectivas, ideais que aqueçam o coração, esperança que apoie o cotidiano.
Com a catequese de hoje, Francisco disse que os fiéis podem ter ficado com uma impressão negativa, já que ele se concentrou apenas em uma problemática, que é a ausência dos pais. Mas o Papa explicou que, na próxima semana, a catequese será dedicada à beleza da paternidade. “Por isso escolhi começar da escuridão para chegar à luz”.

Fonte: Canção Nova

CNBB recorda Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

O trabalho é dimensão constitutiva do ser humano e não oportunidade para a violação da sua dignidade, diz a nota

CNBB

A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), divulgou nesta quarta-feira, 28, nota por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data foi criada em 2004 e, presta homenagem a quatro auditores do Ministério do Trabalho e Emprego, assassinados quando investigavam a suspeita de uso de mão de obra escrava em fazendas de feijão em Unaí (MG).
Na nota, o bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, dom Guilherme Werlang, recorda que “a exploração do ser humano, através do trabalho escravo, é um grave desrespeito à pessoa humana, especialmente ao direito de trabalhar em condições dignas, recebendo um salário justo”.
Dom Guilherme diz que a Igreja insiste no “compromisso do Estado brasileiro de continuar adotando medidas firmes que inibam a prática do trabalho escravo”.
Nota por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, neste Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, dirige uma palavra a todos que se empenham em eliminar este crime.
Em 2014, a Campanha da Fraternidade teve como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, com o objetivo de identificar as práticas de tráfico humano e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vistas ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus.
A exploração do ser humano, através do trabalho escravo, é um grave desrespeito à pessoa humana, especialmente ao direito de trabalhar em condições dignas, recebendo um salário justo. O trabalho é dimensão constitutiva do ser humano e não oportunidade para a violação da sua dignidade.
A sociedade tem a tarefa de conduzir-se por uma economia que preze a dignidade humana, acima de tudo. Isto implica, entre outras coisas, eliminar a prática do trabalho escravo em qualquer faixa etária, nas diferentes relações de trabalho, seja na agropecuária, na construção civil, na indústria têxtil, nas carvoarias, nos serviços hoteleiros e em serviços domésticos. Os migrantes e imigrantes estão mais expostos à essa exploração, devido à sua situação de vulnerabilidade e necessidade trabalhar para prover o próprio sustento e o da família.
Urge reafirmar, de forma inequívoca, o inalienável valor da vida e da dignidade humana que transcende qualquer finalidade econômica. Preocupa-nos a tramitação, no Congresso Nacional, das tratativas visando revisar a definição legal do trabalho escravo, sob pretexto de regulamentar a Emenda Constitucional 81/2014 (confisco da propriedade flagrada com trabalho escravo), bem como os ataques recentes contra a Lista Suja, um instrumento valioso no combate ao trabalho escravo. Não se pode, em hipótese alguma, retroceder na política nacional de combate ao trabalho escravo, iniciada a 20 anos.
Insistimos no compromisso do Estado brasileiro de continuar adotando medidas firmes que inibam a prática do trabalho escravo. Neste aniversário da trágica chacina de Unaí-MG, que ceifou a vida de quatro funcionários do Ministério do Trabalho, reitera-se o apelo a que se esmere na proteção e defesa dos que lutam pelo fim do trabalho escravo. A garantia da reinserção, na sociedade, das pessoas libertadas, também requer atenção e adoção de políticas facilitadoras deste processo.

Lembramos a todos as palavras do Papa Francisco, por ocasião do Dia Mundial da Paz: “Lanço um veemente apelo a todosos homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo, o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45)”.
Que Jesus Cristo que habitou o coração de Santa Bakhita, a escrava que testemunhou a esperança, nos anime a proclamar que a vida e a dignidade de todas as pessoas passa pelo trabalho digno e sua justa valorização.
Brasília, 28 de janeiro de 2015
Dom Guilherme Werlang
Bispo de Ipameri – GO
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para
o serviço da Caridade, da Justiça e da Paz

Fonte: Canção Nova

3ª Semana Comum - Quinta-feira 29/01/2015

Evangelho (Mc 4,21-25)
 
O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 21“Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a põe num candeeiro? 22Assim, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”. 24Jesus dizia ainda: “Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem”.



Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

Papa pede que fiéis enfrentem globalização da indiferença

Na mensagem para a Quaresma 2015, foco do Papa é para a indiferença com relação ao sofrimento alheio, um “mal-estar” global que os cristãos têm o dever de enfrentar

Jéssica Marçal
Da Redação

Papa pede que comunidades eclesiais seja "ilhas de misericórdia"em meio à indiferença / Foto: Arquivo - L'Osservatore Romano
Papa pede que comunidades eclesiais seja “ilhas de misericórdia”em meio à indiferença / Foto: Arquivo – L’Osservatore Romano
O Vaticano divulgou nesta terça-feira, 27, a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015. O convite do Santo Padre é para um fortalecimento dos corações, a fim de que os cristãos cumpram seu dever de enfrentar a “globalização da indiferença”.
Segundo o Papa, esse é um dos desafios mais urgentes e constitui uma tentação real para os cristãos. Deus não é indiferente ao mundo, recorda o Pontífice, logo, o povo de Deus precisa de uma renovação para não cair na indiferença e nem se fechar em si mesmo.
Tendo em vista essa renovação, Francisco propõe uma meditação sobre três âmbitos: a Igreja como um todo, paróquias e comunidades e cada um dos fiéis.
O Pontífice recorda que a Igreja é comunhão de coisas santas. E tendo em vista que os fiéis estão interligados em Deus, podem fazer alguma coisa mesmo por aqueles que estão distantes.
Em seu pontificado, Francisco enfatiza a necessidade de ser próximo aos mais fragilizados / Foto: Arquivo - L'Osservatore Romano
Em seu pontificado, Francisco enfatiza a necessidade de ser próximo aos mais fragilizados / Foto: Arquivo – L’Osservatore Romano
Isto vale também para as paróquias e comunidades, diz o Papa, pedindo que tais comunidades sejam ilhas de misericórdia em meio à indiferença.
Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos?”.
A tentação da indiferença é apresentada também para cada indivíduo, recorda Francisco. Há uma saturação de notícias e imagens que relatam o sofrimento humano e faz sentir, ao mesmo tempo, uma incapacidade de intervir.
Para não se deixar absorver por essa “espiral do terror e da impotência”, Francisco indica a oração, gestos de caridade e reconhecer no sofrimento do próximo um apelo à conversão.
Francisco pede aos fiéis que vivam a Quaresma como um percurso de “formação do coração”, como já havia convidado Bento XVI, atualmente Papa Emérito. O Santo Padre ressalta, porém, que ter um coração misericordioso não significa ter um coração frágil
Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro”.

Fonte: Canção Nova

Santo do dia - Santo Tomás de Aquino, professor e consultor da Ordem

Neste dia lembramos uma das maiores figuras da teologia católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: “Quem é Deus?”.


A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino.
Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.
Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.
Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado “Doutor Angélico”, Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.
Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

Quarta-feira 28/01/2015

Evangelho (Mc 4,1-20)
 
O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da Galileia. Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo que Jesus entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão permanecia junto às margens, na praia.
2Jesus ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu ensinamento, dizia-lhes: 3“Escutai! O semeador saiu a semear. 4Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os pássaros e a comeram. 5Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, 6mas, quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou. 7Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto.
8Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, que foi crescendo e aumentando, chegando a render trinta, sessenta e até cem por um”. 9E Jesus dizia: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. 10Quando ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram sobre as parábolas. 11Jesus lhes disse: “A vós, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora, tudo acontece em parábolas, 12para que olhem mas não enxerguem, escutem mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados”.
13E lhes disse: “Vós não compreendeis esta parábola? Então, como compreendereis todas as outras parábolas?14O semeador semeia a Palavra. 15Os que estão na beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a escutam, chega Satanás e tira a Palavra que neles foi semeada. 16Do mesmo modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e logo a recebem com alegria, 17mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por causa da Palavra, logo desistem.
18Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; 19mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz fruto. 20Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um.”



Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Papa destaca papel das mulheres na transmissão da fé

Na homilia de hoje, Francisco se concentrou no dom da fé, dado pelo Espírito Santo e transmitido, sobretudo, pelas mulheres

Da Redação, com Rádio Vaticano
Francisco fala aos fiéis que as mulheres, sobretudo, têm o dever de transmitir a fé / Foto: L'Osservatore Romano
Francisco fala aos fiéis que as mulheres, sobretudo, têm o dever de transmitir a fé / Foto: L’Osservatore Romano
São principalmente as mulheres que transmitem a fé, disse o Papa Francisco na Missa celebrada nesta segunda-feira, 26, na Casa Santa Marta, dia em que as Igreja celebra a memória de São Timóteo e Tito.
Francisco se concentrou, em especial, na Segunda Carta de São Paulo a Timóteo. Paulo recorda que Timóteo recebeu sua fé do Espírito Santo por meio de sua mãe e de sua avó. São essas que transmitem a fé, disse o Papa, explicando a diferença entre transmitir a fé e ensinar as coisas da fé.
A fé é um dom. A fé não se pode estudar. Estudam-se as coisas da fé, sim, para entendê-la melhor, mas com o estudo você nunca chega à fé. A fé é um dom do Espírito Santo, é um presente, que vai além de toda preparação”.
Trata-se de um dom que passa através do belo trabalho das mães e das avós, de uma empregada, de uma tia, ou seja, das mulheres em uma família, disse o Papa. Ele explicou que são principalmente as mulheres que transmitem a fé porque aquela que trouxe Jesus foi uma mulher. Esse foi o caminho escolhido por Jesus, Ele quis ter uma mãe. Mas é preciso pensar se as mulheres têm consciência desse dever de transmitir a fé, observou o Papa.
Proteger a fé
Francisco destacou ainda a necessidade de proteger o dom da fé para que continue a ser forte com o poder do Espírito Santo. E o modo de proteger a fé é reavivar este dom de Deus. “Se não temos este cuidado, a cada dia, de reavivar este dom de Deus que é a fé, ela se enfraquece, acaba por ser uma cultura: ‘sim, sim, sou cristão’, uma cultura, somente”.
Ao contrário desta fé viva, São Paulo alerta sobre dois comportamentos: o espírito de timidez e vergonha. A timidez vai contra o dom da fé e não a deixa crescer. A vergonha é aquele pecado de querer cobrir a fé.
O Santo Padre concluiu explicando que o espírito de prudência é saber que não se pode fazer o que se quer; significa os caminhos para levar adiante a fé, com prudência.
Peçamos ao Senhor a graça de ter uma fé sincera, uma fé que não se negocia segundo as oportunidades que aparecem. Uma fé que, a cada dia, procuro reavivar ou ao menos peço ao Espírito Santo que a reavive e assim dê um grande fruto”.

Fonte: Canção Nova

3ª Semana Comum - Terça-feira 27/01/2015

Evangelho (Mc 3,31-35)
 
O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 31chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”.
33Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.



Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

Papa defende escuta e diálogo entre cristãos e muçulmanos

Francisco referiu-se ao trabalho de Instituto Pontifício que promove o diálogo islâmico-cristão; segundo o Papa, escuta e diálogo são essenciais

Jéssica Marçal
Da Redação

Francisco destaca importância da escuta no diálogo inter-religioso, também com fiéis do Islã / Foto: Arquivo - L'Osservatore Romano
Francisco destaca importância da escuta no diálogo inter-religioso, também com fiéis do Islã / Foto: Arquivo – L’Osservatore Romano
O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã deste sábado, 24, os participantes do encontro promovido pelo Pontifício Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos, que completa 50 anos em Roma. Tendo em vista a data festiva para a instituição, Francisco deixou seus votos de que ela nunca traia a tarefa primária da escuta e do diálogo.
No discurso, Francisco enfatizou a necessidade de escuta e de adequada formação para que, firmes na própria identidade, seja possível crescer no conhecimento recíproco. Ele também reiterou a importância do encontro, que está no início do diálogo.
Se, de fato, se parte do pressuposto da comum pertença à natureza humana,é possível superar os preconceitos e a falsidade e começar a compreender o outro segundo uma perspectiva nova”.
Esta é a direção seguida pelo Pontifício Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos. Os 50 anos da Instituição em Roma demonstram, segundo o Papa, o quanto a Igreja compreendeu a necessidade de um instituto dedicado à pesquisa e formação de operadores do diálogo com os muçulmanos.
Talvez agora mais do que nunca se sinta essa necessidade, porque o antídoto mais eficaz contra toda forma de violência é a educação para a descoberta e a aceitação da diferença como riqueza e fecundidade”, disse o Papa.
Francisco destacou ainda que o diálogo islâmico-cristão exige paciência e humildade que acompanham um estudo aprofundado. Ele defendeu que haja empenho contínuo e uma preparação específica que não se limite à análise sociológica, mas tenha as características de um caminho entre pessoas pertencentes a religiões que, embora de formas diversas, se referem à paternidade espiritual de Abraão.
O encontro promovido pelo referido instituto teve como tema “Estudar e compreender a religião do outro”. As reflexões começaram na quinta-feira, 22, e se encerram hoje.

Fonte: Canção Nova

Papa no Angelus: "Quem escuta a Jesus, entra no Reino de Deus"

Após o Angelus, Papa demonstrou sua preocupação pelos eventos ocorridos na Ucrânia, e pediu que se retorne ao diálogo para o fim dos conflitos

Da redação, com Rádio Vaticano

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Quem escuta a Jesus Cristo e o segue, entra no Reino de Deus”, diz Papa / Foto: Reprodução CTV
Quem escuta a Jesus Cristo e o segue, entra no Reino de Deus”, afirmou o Papa Francisco antes da oração mariana do Angelus deste domingo, 25. Falando do Evangelho do dia (Mc 1,14-20) que relata o início da pregação de Jesus na Galileia, Francisco explicou que São Marcos faz ver como “Jesus inicia os caminhos na sua terra para levar a todos, especialmente aos pobres, o Evangelho de Deus”.
Segundo o Papa, Jesus é o cumprimento das promessas divinas, porque dá ao homem o Espírito Santo, que é “água viva”, que sacia o coração sedento de vida, de amor, de liberdade e paz, enfim, “sedento de Deus”.
Neste sentido, Francisco recordou a mulher samaritana à qual Jesus pediu: “Dai-me de beber”, frase tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que termina neste domingo, 25, na Itália. Disse ainda que nesta tarde irá à Basílica de São Paulo Fora dos Muros para rezar pela unidade de todos os que creem em Cristo. “Jesus nos quer todos unidos”, reforçou o Papa.
Depois de rezar o Angelus, o Papa demonstrou sua preocupação pelos eventos ocorridos na Ucrânia, e pediu que se retorne ao diálogo a fim de que se encerrem as hostilidades.
O Santo Padre lembrou ainda que neste domingo, 25, se celebra a Jornada Mundial dos enfermos de lepra, e assegurou sua proximidade a todos os afetados e a seus cuidadores.
Por fim, saudou os diferentes grupos de peregrinos que estavam na Praça São Pedro, de diversas partes do mundo, em especial à comunidade filipina em Roma, país onde esteve dias atrás em viagem apostólica “O povo filipino é maravilho, sua fé é forte e alegre”, disse o Santo Padre diante de centenas de filipinos espalhados pela Praça São Pedro.

Ação Católica de Roma

Ainda após o Angelus, duas crianças da Ação Católica de Roma, Sara e Matteo (foto abaixo), leram da janela do Palácio Apostólico, junto ao Papa, uma mensagem de paz.
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Crianças italianas fazem apelo pela paz ao lado do Papa / Foto: Reprodução CTV
As crianças explicaram ao Papa que a intenção era testemunhar o desejo de paz de muitas pessoas em um tempo onde “há uma grande necessidade de estar em paz, com a alegria do Senhor, de ser feliz e sorrir”. Indicaram que, como crianças, estão aprendendo de seus pais, professores, do Papa, e sobretudo da Palavra de Deus, a conhecer suas qualidades e a utilizá-las para construir a harmonia entre todos.
Depois, expressaram ao Santo Padre sua convicção de que a paz só poderá existir se todos se reconhecerem irmãos. “Só assim os conflitos terminarão”, disse a menina Sara. Finalmente, disseram ao Papa que rezam por ele e afirmaram em espanhol: “Te queremos mucho”.
A participação das crianças no Angelus deste domingo, 25, se deu por ocasião da Caravana da paz e do projeto “Da vida à paz” que desta vez tem por lema a afirmação: “Paz é a solução”.

Fonte: Canção Nova