terça-feira, 31 de maio de 2016

Missa de Coroação de Nossa Senhora

Como de costume, no último dia do mês de Maio, a Igreja realiza a coroação da Mãe de Jesus, e dessa forma, a Igreja Matriz da Paróquia de Upanema, também neste dia 31/05 a partir das 19 horas, fará essa bonita festa. Então, convidamos a toda comunidade a participar da Missa de Coroação de Nossa Senhora, hoje a partir das 7 da noite.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Visitação de Nossa Senhora, a mãe do nosso Salvador


A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro


Sabemos que Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com esta mensagem de amor, com esta proposta de fazer dela a mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. E aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro. O anjo também comunicou a ela que sua parenta – Santa Isabel – já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem – no Evangelho de São Lucas no capitulo 1, – quando depois de andar cerca de 100 km ela encontrou-se com Isabel.
Nesta festa, também vamos descobrindo a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Em certa altura ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos ter essa devoção, que passa de século a século.
Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.” (Lucas 1,48)
A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que se ama a Deus, se não se ama o outro. A visitação de Maria a sua prima nos convoca a essa caridade ativa. A essa fé que se opera pelo amor. Amor que o outro tanto precisa.
Quem será que precisa de nós?
Peçamos a Virgem Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor do outro. Mas que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize através da caridade.

Virgem Maria, Mãe da visitação, rogai por nós!

Terça-feira 31/05/2016

Evangelho (Lc 1,39-56)

O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre!”43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
46Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada,49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem.
51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. 56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.



Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

domingo, 29 de maio de 2016

9º Domingo Comum - 29/05/2016

Anúncio do Evangelho (Lc 7,1-10)

O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum.
2Havia lá um oficial romano, que tinha um empregado a quem estimava muito e que estava doente, à beira da morte. 3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado.
4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças esse favor,5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”.
6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado: ‘Faze isto!’, ele o faz’”.
9Ouvindo isto, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.

Palavra da Salvação.


Glória a vós, Senhor.

sábado, 28 de maio de 2016

8ª Semana Comum - Sábado 28/05/2016

Evangelho (Mc 11,27-33)

O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 27Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Enquanto Jesus estava andando no Templo, os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: 28“Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” 29Jesus respondeu: “Vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço isso. 30O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”.
31Eles discutiam entre si: “Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer: ‘Por que não acreditastes em João?’ 32Devemos então dizer que vinha dos homens?” Mas eles tinham medo da multidão, porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta. 33Então eles responderam a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus disse: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”.



Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Missa de Corpus Christi











































Corpus Christi: Papa convida a repartir a vida pelos outros

Francisco explicou que, assim como Jesus se reparte na Eucaristia, Ele pede que cada pessoa se reparta pelos outros

Da redação, com Boletim da Santa Sé
missa papa
Na Missa da Solenidade de Corpus Christi, celebrada nesta quinta-feira, 26, o Papa Francisco destacou a força da Eucaristia: “[Nela] o próprio Jesus Se repartiu, e reparte, por nós. E pede que façamos dom de nós mesmos, que nos repartamos pelos outros”.
Na celebração realizada na Basílica de São João de Latrão, o Santo Padre destacou que é a Eucaristia que se torna, desde o início, o centro e a forma da vida da Igreja.
Acesse
.: Homilia na íntegra
Ele lembrou ainda os cristãos que repartiram a vida para defenderem a dignidade de todos.
Pensemos também em todos os santos e santas – famosos ou anônimos – que se ‘repartiram’ a si mesmos, a própria vida, para ‘dar de comer’ aos irmãos. (…) Quantas mães, quantos pais, juntamente com o pão de cada dia, partido na mesa de casa, repartiram o seu coração para criar os filhos e fazê-los crescer bem! Quantos cristãos, como cidadãos responsáveis, repartiram a própria vida para defenderem a dignidade de todos, especialmente dos mais pobres, marginalizados e discriminados!”
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Francisco concluiu a homilia, pedindo que o gesto da Procissão Eucarística seja também uma resposta a esta ordem de Jesus. “Um gesto para fazer memória d’Ele; um gesto para dar de comer à multidão de hoje; um gesto para repartir a nossa fé e a nossa vida como sinal do amor de Cristo por esta cidade e pelo mundo inteiro”.

Fonte: Canção Nova

8ª Semana Comum - Sexta-feira 27/05/2016

Evangelho (Mc 11,11-26)
O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
Glória a vós, Senhor.
 
Tendo sido aclamado pela multidão, 11Jesus entrou, no Templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. 12No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome.13De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. 14Então Jesus disse à figueira: “Que ninguém mais coma de teus frutos”. E os discípulos escutaram o que ele disse.
15Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no Templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. 16Ele não deixava ninguém carregar nada através do Templo. 17E ensinava o povo, dizendo: “Não está escrito: 'Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos?'. No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões”. 18Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar. Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada com o ensinamento dele. 19Ao entardecer, Jesus e os discípulos saíram da cidade. 20Na manhã seguinte, quando passavam, Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até a raiz. 21Pedro lembrou-se e disse a Jesus: “Olha, Mestre: a figueira que amaldiçoaste secou”. 22Jesus lhes disse: “Tende fé em Deus. 23Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: 'Levanta-te e atira-te no mar', e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. 24Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. 25Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, 26para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os vossos pecados”.



Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.


quinta-feira, 26 de maio de 2016

Missa de Corpus Christi


A Paróquia de Upanema convida toda a comunidade para participar da Missa de Corpus Christi que será neste dia 26, Dia de Corpus Chisti, na Igreja Matriz a partir das 19 horas. Sinta-se convidado a participar desse dia festivo para a igreja!

O que é Corpus Christi?

Corpus Christi significa Corpo de Cristo. É uma festa religiosa da Igreja Católica que tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo.

A festa de Corpus Christi acontece sempre 60 dias depois do Domingo de Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à quinta-feira santa quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia.

Corpus Christi não é feriado nacional, tendo sido classificado pelo governo federal como ponto facultativo. Isso significa que a entidade patronal é que define se os funcionários trabalham ou não nesse dia, não sendo obrigados a dar-lhes o dia de folga.

Durante esta festa são celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão onde é conduzido geralmente pelo Bispo, ou pelo pároco da Igreja, o Santíssimo Sacramento que é acompanhada por multidões de fiéis em cada cidade brasileira.
A tradição de enfeitar as ruas começou pela cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. A procissão pelas vias públicas, é uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina ao Bispo Diocesano que tome as providências para que ocorra toda a celebração, para testemunhar a adoração e veneração para com a Santíssima Eucaristia.

Origem do Corpus Christi


A festa do Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV no dia 8 de Setembro de 1264.

A procissão de Corpus Christi lembra a caminhada do povo de Deus, peregrino, em busca da Terra Prometida. O Antigo Testamento diz que o povo peregrino foi alimentado com maná, no deserto. Com a instituição da eucaristia o povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo.

Oração não é "varinha mágica", explica Papa

Francisco disse que a oração ajuda o homem a conservar a fé em Deus e a se entregar a Ele, mesmo quando não compreende Sua vontade

Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 25 / Foto: Reprodução CTV
Papa Francisco durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 25 / Foto: Reprodução CTV
Na Audiência Geral desta quarta-feira, 25, o Papa fez uma reflexão sobre a oração como fonte de misericórdia.
Inspirado na parábola da viúva e do juiz iníquo, Francisco recordou que, no final, a perseverança da viúva prevaleceu até mesmo sobre a iniquidade de um juiz inescrupuloso.
Nos fará bem escutar isso hoje”, enfatizou o Papa, ao destacar que a parábola contém um ensinamento importante: “A necessidade de rezar sempre, sem jamais esmorecer. Portanto, não se trata de rezar às vezes, quando ‘estou a fim’. Não, Jesus diz que é preciso rezar sempre, sem cessar”.
Francisco afirmou que ao contrário do juiz desonesto, Deus atende prontamente seus filhos, mesmo que isso signifique que não o faça no tempo e da maneira que gostaríamos.
A oração não é uma varinha mágica, não é uma varinha mágica. A oração ajuda a conservar a fé em Deus e a nos entregar a Ele mesmo quando não compreendemos a sua vontade. Nisto, Jesus, que rezava tanto é um exemplo para nós”, disse o Papa.
Francisco então argumentou que, à primeira vista, poderia parecer que Deus não teria escutado as orações de seu Filho, dado que Cristo morreu na cruz. Todavia, citando a Carta aos Hebreus, o Papa recordou que “Deus realmente salvou Jesus da morte concedendo-Lhe sobre essa a vitória completa, mas o caminho para conquistá-la passou pela própria morte”.
O Papa explicou que na oração no Getsêmani, Jesus se entrega sem reservas ao Pai: que “não seja como eu quero, mas como tu queres”. A partir deste momento, tudo mudou.
O objeto da oração passa a um segundo plano; o que importa antes de tudo é a relação com  o Pai. É isso o que a oração faz: transforma o desejo e modela-o segundo a vontade de Deus, seja qual essa for, porque quem reza quer, em primeiro lugar, unir-se a Deus, que é Amor misericordioso”, explicou.
Ao concluir, Francisco ressaltou que a parábola termina com um importante questionamento: “Mas quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?”
E com esta pergunta, estamos todos em alerta: não devemos desistir da oração mesmo que não seja correspondida. É a oração que conserva a fé, sem ela a fé vacila”, concluiu o Papa.

Fonte: Canção Nova

Corpus Christi - Quinta-feira 26/05/2016

Anúncio do Evangelho (Lc 9, 11b-17)

O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 11bJesus acolheu as multidões, falava-lhes sobre o Reino de Deus e curava todos os que precisavam.
12A tarde vinha chegando. Os doze apóstolos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Despede a multidão, para que possa ir aos povoados e campos vizinhos procurar hospedagem e comida, pois estamos num lugar deserto”.
13Mas Jesus disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Eles responderam: “Só temos cinco pães e dois peixes. A não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente”.
14Estavam ali mais ou menos cinco mil homens. Mas Jesus disse aos discípulos: “Mandai o povo sentar-se em grupos de cinquenta”.
15Os discípulos assim fizeram, e todos se sentaram. 16Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão.17Todos comeram e ficaram satisfeitos. E ainda foram recolhidos doze cestos dos pedaços que sobraram.



Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Frutos da Jornada Mundial da Juventude: Conheça a história do jovem que se tornou católico após a JMJ

Eduardo Campos ficou conhecido por participar da Jornada Mundial da Juventude 2013 e, logo após, converter-se ao catolicismo


André Cunha
Da redação
Você se lembra da imagem abaixo? Ela rodou o mundo nos meios de comunicação e chamou a atenção por aquilo que representou: um jovem evangélico reconhecendo o ministério petrino de Francisco.
eduardo_campos_jmj3Foto: Arquivo
O rapaz se chama Eduardo da Silva Campos e tem 22 anos. Em 2013, se uniu aos milhões de jovens na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, para participar da Jornada Mundial da Juventude, apesar de ser protestante. Ele nasceu no protestantismo e, por 19 anos, recebeu os ensinamentos referentes às duas denominações pelas quais passou.
Nunca fui cristão ‘meia boca’, sempre ativo e atuante, desempenhava a função de segundo secretário da congregação, integrante do ministério de louvor e da mocidade (grupo de jovens). Foram anos maravilhosos, não tenho motivos para desmerecer minha experiência cristã ‘extra Ecclesiam’. Tenho somente uma tristeza por não ser católico a mais tempo”, disse Eduardo à equipe do noticias.cancaonova.com.
Na entrevista, o jovem fala ainda dos motivos que o levou a participar da Jornada, sobre o cartaz que levantou na Missa de Envio e também como está sua vida após abraçar a fé católica.
Na Solenidade de Pentecostes de 2014, Eduardo recebeu o Sacramento do Batismo e da Eucaristia, na Arquidiocese do Rio de Janeiro. O jovem deve receber o Sacramento da Crisma neste ano.
Confira a íntegra:

Como soube da JMJ? Quando e por que decidiu participar do evento?

Fiquei sabendo da JMJ por meio de propagandas televisivas e comentários de ex-alunos católicos.”

De quais atividades você participou na Jornada? O que mais chamou à atenção?

Por estar trabalhando durante o período da JMJ, só pude comparecer na vigília no sábado e no domingo. Participei de todos os momentos nesses dois dias, desde a adoração ao Santíssimo até a Santa Missa de envio. Não tinha noção de nada do que estava acontecendo, todavia a beleza da unidade e da liturgia me encantavam. Dormi na praia, rezei com as pessoas, chorei bastante. Foi momento sublime!”

Você exibiu um cartaz onde se dizia “evangélico”, mas também reconhecia o Ministério Petrino de Francisco. O que motivou a iniciativa do cartaz e o que a levou a enxergar o Papa desta forma, apesar de ser protestante?

Tudo isso começou com Bento XVI, o Magno. Por meio de sua renúncia, todo o alvoroço em volta da renúncia e eleição de um Sumo Pontífice, chamou-me à atenção. Comecei então a pesquisar sobre a Igreja, o papado, sua missão, desde quando existe e qual é o motivo. Quanto mais procurava, mais dúvidas surgiam e a Igreja com seus documentos saciavam minhas dúvidas e anseios, coisa que no protestantismo não acontecia. A passagem do Evangelho de São Mateus 16,18 fixou na minha cabeça: “Também eu e digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Hades nunca prevalecerão contra ela”. Nesse momento, ao ler essa passagem, entendi quem era o Papa: Pedro.”

Durante a Jornada, pensou em mudar de Igreja?

Não. Queria tão somente conhecer a Igreja Católica por meio dos meus olhos e não por meio dos outros.”

E sobre sua experiência com o Papa Francisco, durante o evento…

Foi  uma experiência ímpar! O Santo Padre passou por mim numa distância de cinco metros e fiquei arrepiado. Tive a oportunidade de me unir àquele povo que, emocionados, escutavam a voz do pastor.”

Quanto aos muitos jovens católicos com os quais pode se encontrar, como foi a experiência?

Foi fantástica! Como eu estava com a camisa da JMJ, passei desapercebido em alguns momentos (rsrs), porém sempre perguntavam o que estava carregando; então, eu mostrava o cartaz e todos ficavam admirados. Fui muito bem acolhido, todos me trataram muito bem.”
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Eduardo ao lado da imagem de São João Paulo II / Foto: Arquivo pessoal



O que ficou da Jornada no seu coração?

A concretização da unidade da Igreja perante meus olhos. Vi e vivi a Igreja em comunhão, diversidade de culturas, raças, países. Todos professando uma só fé, um só batismo, um só Senhor em sua Igreja Una e Santa. É a unidade na diversidade! Impagável!”

Quando se deu o “start” para sua conversão ao catolicismo?

Como disse anteriormente, comecei a gostar da Igreja quando comecei a estudar sobre ela. Isso foi na época da renúncia do Santo Padre Bento XVI, hoje emérito. Acompanhei o conclave, vibrei com a eleição do novo Papa, nosso amado Papa Francisco, defendia a Igreja em alguns debates mesmo sendo protestante. Daí defino essa fase como ‘pré-start’ da conversão. As aulas do Padre Paulo Ricardo e o grupo do Facebook Escolástica da Depressão (EDD) me ajudaram muito. Muitas dúvidas, muitas perguntas, todas sanadas, todas respondidas com misericórdia. O ‘start’ se deu após a JMJ, quando ficava relembrando todo aquele momento, as experiências, as coisas que foram ditas por aquele povo.”

Como se deu o processo de transição? 

Deu-se após a JMJ, quando ficou aquele gostinho de ‘quero mais’. A ‘liturgia’ (se é que podemos dizer assim) do culto protestante não me atraía mais. Eu já tinha me apaixonado pela liturgia latina, pela Missa e sua sincronia, organização, pelo latim (eu assistia Missas no YouTube, mas sem saber que eram na forma extraordinária), pelos paramentos (que até então  chamava de ‘roupas de padre’, pelo erguer da hóstia e do cálice. Era belíssimo aos meus olhos, parecia que tinha descoberto um tesouro.
Com isso, questionava-me o tempo todo, perguntava-me por qual motivo o pastor não usava aquelas ‘roupas de padre’, não tinha um altar na igreja, não tinha uma Tradição (sim, uma Tradição com “T” maiúsculo. Minha igreja até então não tinha nada que se ligasse com os santos apóstolos). Perguntava-me também: ‘Se Pedro está lá, por que estou aqui?’. Foi uma fase, como sempre digo, de muitas perguntas. Todavia, foi uma fase boa, na qual fui vendo que a Igreja, que outrora era um monstro, era na verdade minha verdadeira casa.”

Sua família e amigos, como reagiram à sua conversão?

Foi turbulento! É até complicado entrar em detalhes. Não aceitaram de início (e com certeza não aceitam até hoje), tivemos brigas feias, muitas vezes troca de ofensas, mas com o tempo tudo se acalmou. Hoje, temos uma relação muito boa de amizade e fraternidade. Claro que eles aguardam ansiosamente o dia que eu ‘volte’, mas minha fé está bem enraizada e bem sei em quem tenho crido.”

E como foi sua chegada na Igreja Católica?

O povo católico é um povo diferente, pois todo mundo é irmão de todo mundo. Não há distinção; é só chegar que esse povo estará de braços abertos. De início fui acolhido pelo Pe. Jorge Bispo, da paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz no Rio de Janeiro, posteriormente comecei a frequentar a Antiga Sé na qual é minha atual paróquia. Os padres sempre muito acolhedores, verdadeiros pastores. O povo de Cristo é extraordinário, sempre caridosos (e curiosos), acolheram-me com todo zelo possível. Houve também as pessoas que se incomodaram com minha presença, todavia, Deus sempre interveio nessas situações.”

Como você vive sua fé hoje em dia? Tem dificuldades como quanto à doutrina, hierarquia ou a Tradição católica?

Minha fé, hoje em dia, é tão natural quanto a luz do sol que ilumina a face da Terra. Não tenho nenhuma dificuldade com a doutrina, hierarquia ou a Tradição. Sem a fé católica sou incompleto!”

Como é sua relação com a Virgem Maria? Foi uma aproximação fácil?

Hoje, é uma relação normal de Mãe e filho. Logo que me converti, senti a vontade de rezar o terço. Fui numa loja e uma senhora me presenteou com um terço e um livrinho ensinando a rezá-lo. Ao rezá-lo no ônibus, indo para casa, senti uma presença muito forte, um arrepio intenso e uma vontade de chorar. Mas confesso que, a cada Ave-Maria, eu, em pensamento, dizia a Deus: ‘Senhor, se porventura eu Vos ofender, perdoe-me. Não quero pecar contra Ti’. Depois, com o tempo, as coisas se assentaram”.

Quais são seus planos para o futuro?

Meus planos para o futuro… Bem, estou participando do GVA (Grupo Vocacional Arquidiocesano) aqui no Seminário São José. Acho que meu futuro dependerá do resultado desse discernimento. Contudo, peço aos irmãos que se lembrem de mim em suas orações diárias, nos terços e nas Missas. Que colocassem a mim e a minha família nessas intenções, entregando o meu futuro e o da minha família nas mãos de Deus.”
eduardo_campos_jmj2O jovem Eduardo participa, como acólito, na celebração da Vigília Pascal / Foto: Arquivo pessoal