Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude visitaram na manhã deste sábado (11) o local onde a Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) deu os primeiros passos no Rio Grande do Norte. Na comunidade Nossa Senhora da Conceição, no bairro Mãe Luiza, região carente de Natal, a Cruz e o Ícone encontraram os frutos do trabalho social iniciado pelo padre italiano Sabino Gentile.
O sacerdote, que dá o nome de uma das paradas da peregrinação da Cruz e do Ícone em Natal, chegou na comunidade em 1979 e foi vigário até 2006, ano de sua morte. Além do trabalho com a juventude da arquidiocese, ele desenvolveu diversos projetos sociais para a comunidade, de acordo com os problemas sociais que via: uma escola infantil, programa de combate à desnutrição de crianças; escola de reforço para alunos do ensino fundamental., entre outros.
“Ele tinha uma capacidade muito grande de escuta e viu que era preciso fazer algo. Ele juntava gente e, juntos, fazíamos a solução”, disse Josélia Silva, 44, coordenadora da Casa Crescer de reforço escolar para crianças e adolescentes de 7 a 16 anos.
Para o diácono permanente Márcio de Andrade, 35, que conviveu com o padre, a vinda dos símbolos da JMJ à comunidade ajuda a ter a esperança de que se pode construir um mundo melhor. “A vinda dos símbolos da JMJ ajuda a fortalecer os grupos e pastorais”.
Francisca Araujo, 72 anos, que vive no bairro há 20 anos e se emocionou com a visita dos símbolos, “Nossa bairro tem muita droga. Muitos jovens são mortos. Essa situação precisa mudar”, relatou.
Manuel Dantas, 52 anos, mora no bairro há mais de 40 anos. “Espero que a passagem da Cruz pela nossa comunidade possa ser um sinal para que acabe a violência”.
Para Tilane da Costa, 10 anos, ver os símbolos da JMJ foi maravilhoso. Ao ser questionada sobre o que ele pediu para Deus diante da Cruz e do Ícone ela expressou o desejo de todos os moradores: “Que esse bairro melhore”.
Catedral Metropolitana
Às 6h da manhã, mais de 3.000 fiéis acompanharam a missa na catedral metropolitana da capital. Após a missa com padre Robson, do santuário do Divino Pai Eterno (GO), a Cruz e o Ícone estiveram em uma via sacra de que jovens das diferentes expressões participaram. Nas primeiras três estações, apenas a Cruz seguiu. A partir da quarta estação, encontro de Jesus com Maria, os dois símbolos seguiram juntos.
Por Tiago Miranda
Nenhum comentário:
Postar um comentário