quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Por que a emoção bateu forte nesta manhã?

















Não tem jeito, pensei em esconder o sentimento que vivi há pouco e a emoção que ainda está me movendo a escrever essas palavras. 
Acabei de acompanhar, ao vivo, a primeira tuitada do Papa. Por que esse simples gesto do papa mexeu tanto comigo e com muita gente? Que reflexão nos leva a fazer, ao ver o papa nas redes sociais? Por que o papa, isso mesmo, ele quis ser mais um entre milhões de pessoas no Twitter? Que mensagem o papa quer deixar pra todos nós que somos ativos nas redes sociais? E o que ele quer dizer aos que ignoram as redes sociais? 

Tem um milhão de questionamentos rodando na minha cabeça. Isso é bom porque enxergamos nessa simples atitude do papa uma carga de significado muito forte. 
Muitas perguntas parecidas fiz quando há dois anos, 2010, escolhi o Twitter como objeto de estudo para a tese de mestrado em Roma. Na época, conversava com colegas e professores e muitos me diziam: não perca tempo com isso, procure um tema mais sério. Esse negócio de redes sociais é modismo, é passageiro. Não levei muito a sério nas sugestões dos poucos que não viam resultado no meu objeto de pesquisa e, por isso, permaneci seguro e motivado pra continuar estudando a atmosfera da sociedade-rede que se potencializa com os sites de redes sociais online. 
Por isso, nesta manhã, a emoção foi forte porque me fez recordar as resistências, desafios e, sobretudo, as alegrias por ter mantido o foco nesse ambiente digital, que, hoje, Bento XVI passa a fazer parte. 
O motivo principal que move toda pessoa a viver nas redes sociais é a 'interação': partilhar com os amigos e com o mundo o que sentimos, o que pensamos, o que somos. Partilhar nossos sonhos e frustrações, nossas crenças, nossas lutas, etc. Entramos nessa espaço digital porque queremos ser "sujeito" da rede humana que teia a nossa terra. 
Creio que seja esse o sentimento do Papa: interagir, ouvir, partilhar mensagens de esperança e fé, mensagens que edificam o Reino de Deus nesse novo continente afolado de gente. 
Afolado porque somente no Brasil já temos quase 90 milhões de pessoas na rede, aproximadamente, 45% da população. Por isso, nada justifica continuar pensando que a rede é lugar de poucos privilegiados. E depois, a internet não é mais escrava do computador, ela não precisa dele. A internet está na palma da nossa mão, nos nossos celulares. Portanto, todo mundo facilmente pode viver na rede. 
Vamos continuar conversando sobre esse tema porque essa atitude do papa é  apenas a ponta do iceberg da grande mudança que as mídias sociais estão/irão provocar na comunicação da Igreja e do mundo.
Fonte: Comunicar é Preciso. Padre Talvacy Chaves

Nenhum comentário:

Postar um comentário