“Não abandono a Igreja, pelo contrário. Continuarei a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor”: palavras de Bento XVI pronunciadas em seu último Angelus como Pontífice, neste domingo, 24 de fevereiro.
O Senhor me chama a "subir o monte”,
para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não
significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isso é
precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma
dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo
mais adequado à minha idade e às minhas forças.
A Praça S. Pedro estava lotada este
domingo para este evento histórico. Faixas e cartazes em várias línguas
demonstraram o carinho dos fiéis. A Praça desde as primeiras horas da
manhã aos poucos foi sendo tomada por religiosas, sacerdotes, turistas,
mas principalmente por famílias com crianças e muitos jovens.
Ao meio-dia, assim que a cortina da janela de seus aposentos se abriu, Bento XVI foi aclamado pela multidão.
Comentando o Evangelho da Transfiguração
do Senhor, o evangelista Lucas ressalta o fato de que Jesus se
transfigurou enquanto rezava: a sua é uma experiência profunda de
relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que
Jesus vive sobre um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João.
Meditando sobre esta passagem do
Evangelho, explicou o Pontífice, podemos tirar um ensinamento muito
importante. Antes de tudo, a primazia da oração, sem a qual todo o
trabalho de apostolado e de caridade se reduz ao ativismo. Na Quaresma,
aprendemos a dar o justo tempo à oração, pessoal e comunitária, que dá
fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se
do mundo e de suas contradições.
A existência cristã – disse o Papa,
citando sua Mensagem para a Quaresma –, consiste num contínuo subir o
monte do encontro com Deus, para depois descer trazendo o amor e a força
que dele derivam, a fim de servir nossos irmãos e irmãs com o mesmo
amor de Deus.
“Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra
de Deus eu a sinto de modo particular dirigida a mim, neste momento da
minha vida. O Senhor me chama a "subir o monte”, para me dedicar ainda
mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja,
ao contrário. Se Deus me pede isso, é precisamente para que eu possa
continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu
fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas
forças.”
Na saudação em várias línguas, Bento XVI falou também em português: “Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos”.
Na saudação em várias línguas, Bento XVI falou também em português: “Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos”.
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