Quando uma causa vale a pena, empenhamo-nos de corpo e alma para realizá-la. Renunciamos a tudo a fim de alcançar o objetivo. Assim acontece com o reino dos céus, quando descobrimos que ele é, de fato, o valor máximo que merece nossa atenção e preocupação.
Jesus continua falando em parábolas. São historinhas tiradas do mundo do povo, que percebe a mensagem que está por trás. As parábolas do tesouro e da pérola são como que “gêmeas”, pois trazem praticamente a mesma mensagem e expressam o grande valor do reino, a alegria que provoca e o zelo com o qual se deve buscá-lo. Ele é comparado a um tesouro precioso, que enche de alegria quem aposta tudo para possuí-lo.
A vida é feita de escolhas. Muitos tentam a sorte na loteria; outros, sonhando com a felicidade, buscam melhores condições de vida, migrando de um lugar para outro. Toda escolha requer uma renúncia. Quando abandonamos alguns valores, fazemos isso porque estamos em busca de bens maiores e melhores. A busca do reino requer desprendimento (vender) e investimento (comprar).
Ao encontrar o reino de Deus, irradiamos alegria, testemunhamos a esperança e contagiamos a todos com nosso otimismo – pois o reino é fermento de humanidade e de maturidade no relacionamento com os outros.
O Documento de Aparecida nos diz que “Jesus Cristo é o reino de Deus que procura demonstrar toda sua força transformadora em nossa Igreja e em nossas sociedades. O Espírito colocou o germe do reino em nosso batismo e o faz crescer pela graça da conversão permanente graças à palavra de Deus e aos sacramentos” (DA 382).
O próprio Jesus nos adverte de que devemos buscar “primeiro o reino de Deus e sua justiça e tudo o mais virá por acréscimo”. O reino de Deus já está presente como semente, mas é necessário que cresça – e isso depende muito de cada um dos seguidores de Jesus.
Pe. Nilo Luza, ssp
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