Da Redação, com Rádio Vaticano
O cristão não é órfão, pois encontra na Igreja e em Maria uma mãe. Essa foi, em síntese, a reflexão do Papa Francisco que, na catequese desta quarta-feira, 3, voltou a refletir sobre o aspecto maternal da Igreja, que tem por modelo a Virgem Maria.
A maternidade da Igreja, disse o Papa, coloca-se em continuidade com a maternidade de Maria, como seu prolongamento na história. “Olhando Maria, descobrimos a face mais bela e terna da Igreja. Olhando para a Igreja, reconhecemos os traços sublimes de Maria. Mas nós cristãos não somos órfãos. Nós temos uma mãe. Temos mãe. E isto é grandioso. Não somos órfãos. A Igreja é mãe. Maria é mãe”.
Francisco explicou que a Igreja é mãe porque gerou cada um no Batismo e desde então faz com que os fiéis cresçam na fé, com a força da Palavra de Deus. A maternidade da Igreja se expressa de modo peculiar nesse serviço de evangelização, pois a mostra como uma mãe preocupada em dar aos seus filhos o alimento espiritual que frutifica a vida cristã. Por isto mesmo, cada um é chamado a acolher a Palavra de Deus proposta pela Igreja.
“Somente a Palavra de Deus tem esta capacidade, de nos transformar no mais profundo. A Palavra de Deus tem este poder. E quem nos dá a Palavra de Deus? A Mãe Igreja. Nos amamenta desde pequenos com esta Palavra. Nos ensina toda a vida com esta palavra. E isto é grandioso. É justamente a Mãe Igreja que, com a Palavra de Deus, nos transforma por dentro”.
O Papa destacou ainda que o Evangelho e os Sacramentos orientam as opções de vida. Frente aos perigos do mundo, a Igreja defende seus filhos com a coragem de uma mãe e pede que sejam vigilantes em relação às seduções malignas.
“A Igreja tem a coragem de uma mãe que sabe ter o dever de defender os próprios filhos dos perigos que derivam da presença de satanás no mundo, para levá-los ao encontro com Jesus. Uma mãe sempre defende os seus filhos. Esta defesa consiste também em exortar à vigilância: vigiar contra o engano e a sedução do maligno. Porque mesmo que Deus tenha vencido Satanás, ele sempre volta com as suas tentações como leão que ruge ao nosso redor procurando nos devorar”.
Recordando que a Igreja é formada não só pelo clero, mas por todos os batizados, Francisco concluiu a catequese pedindo a Maria que ensine os fiéis a imitarem sua solicitude pelo bem dos irmãos, com a capacidade sincera de acolher, perdoar e infundir coragem e esperança.
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