Segundo Francisco, a força da vida cristã está no momento em que o pecador encontra Jesus Cristo e esse encontro muda a vida
Da Redação, com Rádio Vaticano
A força da vida cristã está no encontro entre os pecados do homem e Cristo que o salva. Onde não há este encontro, as igrejas são decadentes e os cristãos mornos. Estes foram os ensinamentos do Papa Francisco na Missa desta quinta-feira, 4, na Casa Santa Marta.
Francisco disse que em Pedro e Paulo o homem consegue entender que um cristão pode se vangloriar de duas coisas: dos próprios pecados e de Cristo crucificado. A força transformante da Palavra de Deus parte desta consciência, explicou. Assim, Paulo, na Primeira Leitura do dia, convida quem acredita ser sábio a reconhecer sua insensatez para se tornar sábio de verdade, já que a sabedoria do mundo é insensatez diante de Deus.
“Paulo nos diz que a força da Palavra de Deus, aquela que muda o coração, que muda o mundo, que nos dá esperança, que nos dá vida, não está na sabedoria humana. Isto é insensatez, diz ele. A força da Palavra de Deus vem de outro lado, passa pelo coração do pregador e por isto dizia àqueles que pregavam a Palavra: ‘Façam-se insensatos’, isso é, não coloquem a vossa segurança na vossa sabedoria, na sabedoria do mundo”.
Francisco explicou que o apóstolo Paulo não se gabava dos seus estudos, embora tivesse tido os professores mais importantes da época. Ele se vangloriava somente de seus pecados e de Cristo crucificado. O apóstolo dizia que a força da Palavra de Deus estava no encontro entre seus pecados e o sangue de Cristo salvador.
“Quando se esquece esse encontro que tivemos na vida nos tornamos mundanos, queremos falar das coisas de Deus com a linguagem humana, e não serve: não dá vida”.
Também Pedro, no Evangelho da pesca milagrosa, faz a experiência de encontrar Cristo vendo o próprio pecado. O Papa explicou que Pedro viu a força de Jesus e viu a si mesmo. Nesse encontro entre Cristo e os pecados está a salvação.
“O lugar privilegiado para o encontro com Jesus Cristo são os próprios pecados. Se um cristão não é capaz de sentir-se pecador e salvo pelo sangue de Cristo, este Crucifixo, é um cristão pela metade do caminho, é um cristão morno. E quando nós encontramos Igrejas decadentes, quando nós encontramos paróquias decadentes, instituições decadentes, seguramente os cristãos que estão ali nunca encontraram Jesus Cristo ou se esqueceram desse encontro”.
O Santo Padre enfatizou, então, que a força da vida cristã e a força da Palavra de Deus está justamente no momento em que o pecador encontra Jesus Cristo e esse encontro muda a vida, dando a força para anunciar a salvação aos outros.
Concluindo a homilia, Francisco convidou os fiéis a se perguntarem se eles se reconhecem pecadores diante de Deus. Ele também propôs que os fiéis pensem se realmente acreditam que o sangue de Cristo os salva do pecado e dá vida nova. “De que coisas um cristão pode se vangloriar? Duas coisas: dos próprios pecados e de Cristo crucificado”.
Fonte: Canção Nova
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