MENSAGEM
Segunda-feira, 28 de setembro
Boletim da Santa Sé
«Felizes
os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7)
Queridos
jovens!
Chegamos
à última etapa da nossa peregrinação para Cracóvia, onde juntos,
no mês de Julho do próximo ano, celebraremos a XXXI Jornada Mundial
da Juventude. No nosso longo e exigente caminho, temos sido guiados
pelas palavras de Jesus tiradas do «Sermão da Montanha». Iniciámos
este percurso em 2014, meditando juntos sobre a primeira
Bem-aventurança: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o
Reino do Céu» (Mt 5, 3). O ano de 2015 teve como tema «felizes os
puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8). No ano que
temos pela frente, queremos deixar-nos inspirar pelas palavras:
«Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia»(Mt
5, 7).
1.
Jubileu da Misericórdia
Com
este tema, a JMJ de Cracóvia 2016 insere-se no Ano Santo da
Misericórdia, tornando-se um verdadeiro e próprio Jubileu dos
Jovens a nível mundial. Não é a primeira vez que um encontro
internacional dos jovens coincide com um Ano Jubilar. De facto, foi
durante o Ano Santo da Redenção (1983/1984) que São João Paulo II
convocou pela primeira vez os jovens de todo o mundo para o Domingo
de Ramos. Depois durante o Grande Jubileu do ano 2000, mais de dois
milhões de jovens, provenientes de cerca 165 países, reuniram-se em
Roma para a XV Jornada Mundial da Juventude. Como aconteceu nestes
dois casos anteriores, tenho certeza de que o Jubileu dos Jovens em
Cracóvia será um dos momentos fortes deste Ano Santo.
Talvez
algum de vós se interrogue: Que é este Ano Jubilar celebrado na
Igreja? O texto bíblico de Levítico 25 ajuda-nos a compreender o
significado que tinha um «jubileu» para o povo de Israel: de
cinquenta em cinquenta anos, os judeus ouviam ressoar a trombeta
(jobel) que os convocava (jobil) para celebrarem um ano santo como
tempo de reconciliação (jobal) para todos. Neste período, devia-se
recuperar uma relação boa com Deus, com o próximo e com a criação,
baseada na gratuidade. Por isso, entre outras coisas, promovia-se o
perdão das dívidas, uma particular ajuda a quem caíra na miséria,
a melhoria das relações entre as pessoas e a libertação dos
escravos.
Jesus
Cristo veio anunciar e realizar o tempo perene da graça do Senhor,
levando a boa nova aos pobres, a liberdade aos prisioneiros, a vista
aos cegos e a libertação aos oprimidos (cf. Lc 4, 18-19). N’Ele,
especialmente no seu Mistério Pascal, realiza-se plenamente o
sentido mais profundo do jubileu. Quando, em nome de Cristo, a Igreja
convoca um jubileu, somos todos convidados a viver um tempo
extraordinário de graça. A própria Igreja é chamada a oferecer,
com abundância, sinais da presença e proximidade de Deus, a
despertar nos corações a capacidade de olhar para o essencial.
Nomeadamente este Ano Santo da Misericórdia «é o tempo para a
Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no
dia de Páscoa: ser instrumento da misericórdia do Pai» (Homilia
nas Primeiras Vésperas do Domingo da Misericórdia Divina, 11 de
Abril de 2015).
2.
Misericordiosos como o Pai
Este
Jubileu extraordinário tem como lema «misericordiosos como o Pai»
(cf. Misericordiae Vultus, 13), aparecendo associado com ele o tema
da próxima JMJ. Procuremos então compreender melhor que significa a
misericórdia divina.
Para
falar de misericórdia, o Antigo Testamento usa vários termos, sendo
os mais significativos hesed e rahamim. O primeiro, aplicado a Deus,
expressa a sua fidelidade indefectível à Aliança com o seu povo,
que Ele ama e perdoa para sempre. O segundo, rahamim, pode ser
traduzido por «entranhas», evocando de modo especial o ventre
materno e fazendo-nos compreender o amor de Deus pelo seu povo como o
duma mãe pelo seu filho. Assim no-lo apresenta o profeta Isaías:
«Acaso pode uma mulher esquecer-se do seu bebé, não ter carinho
pelo fruto das suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, Eu
nunca te esqueceria» (Is 49,15). Um amor assim implica criar dentro
de mim espaço para o outro, sentir, sofrer e alegrar-me com o
próximo.
No
conceito bíblico de misericórdia, está incluída também a
valência concreta dum amor que é fiel, gratuito e sabe perdoar.
Neste texto de Oseias, temos um belíssimo exemplo do amor de Deus,
comparado ao dum pai pelo seu filho: «Quando Israel era ainda
menino, Eu amei-o, e chamei do Egipto o meu filho. Mas, quanto mais
os chamei, mais se afastaram (…). Entretanto, Eu ensinava Efraim a
andar, trazia-o nos meus braços, mas não reconheceram que era Eu
quem cuidava deles. Segurava-os com laços humanos, com laços de
amor, fui para eles como os que levantam uma criancinha contra o seu
rosto; inclinei-me para ele para lhe dar de comer» (Os 11, 1-4).
Apesar do comportamento errado do filho, que mereceria uma punição,
o amor do pai é fiel e perdoa sempre um filho arrependido. Como
vemos, na misericórdia está sempre incluído o perdão; a
misericórdia divina «não é uma ideia abstracta mas uma realidade
concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma
mãe que se comovem pelo próprio filho. (…) Provém do íntimo
como um sentimento profundo, natural, feito de ternura e compaixão,
de indulgência e perdão» (Misericordiae Vultus, 6).
O
Novo Testamento fala-nos da misericórdia divina (eleos) como síntese
da obra que Jesus veio realizar no mundo em nome do Pai (cf. Mt 9,
13). A misericórdia de Nosso Senhor manifesta-se sobretudo quando Se
debruça sobre a miséria humana e demonstra a sua compaixão por
quem precisa de compreensão, cura e perdão. Em Jesus, tudo fala de
misericórdia. Mais ainda, Ele mesmo é a misericórdia.
No
capítulo 15 do Evangelho de Lucas, podemos encontrar as três
parábolas da misericórdia: a ovelha tresmalhada, a moeda perdida e
a conhecida por «filho pródigo». Nestas três parábolas,
impressiona a alegria de Deus, a alegria que Ele sente quando
reencontra um pecador e o perdoa. Sim, a alegria de Deus é perdoar!
Aqui está a síntese de todo o Evangelho. «Cada um de nós é
aquela ovelha tresmalhada, a moeda perdida; cada um de nós é aquele
filho que esbanjou a própria liberdade, seguindo ídolos falsos,
miragens de felicidade, e perdeu tudo. Mas Deus não Se esquece de
nós, o Pai nunca nos abandona. É um pai paciente, espera-nos
sempre! Respeita a nossa liberdade, mas permanece sempre fiel. E,
quando voltamos para Ele, acolhe-nos como filhos na sua casa, porque
nunca, nem sequer por um momento, deixa de esperar por nós com amor.
E o seu coração fica em festa por cada filho que volta para Ele.
Fica em festa, porque Deus é alegria. Vive esta alegria, cada vez
que um de nós, pecadores, vai ter com Ele e pede o seu perdão»
(Angelus, 15 de Setembro de 2013).
A
misericórdia de Deus é muito concreta, e todos somos chamados a
fazer experiência dela pessoalmente. Quando tinha dezassete anos,
num dia em que devia sair com os meus amigos, decidi passar antes
pela igreja. Ali encontrei um sacerdote que me inspirou particular
confiança e senti o desejo de abrir o meu coração na Confissão.
Aquele encontro mudou a minha vida. Descobri que, quando abrimos o
coração com humildade e transparência, podemos contemplar de forma
muito concreta a misericórdia de Deus. Tive a certeza de que Deus,
na pessoa daquele sacerdote, já estava à minha espera, ainda antes
que desse o primeiro passo para ir à igreja. Nós procuramo-Lo, mas
Ele antecipa-Se-nos sempre, desde sempre nos procura e encontra-nos
primeiro. Talvez algum de vós sinta um peso no coração e pense:
Fiz isto, fiz aquilo… Não temais! Ele espera-vos. É pai; sempre
nos espera. Como é belo encontrar no sacramento da Reconciliação o
abraço misericordioso do Pai, descobrir o confessionário como o
lugar da Misericórdia, deixar-nos tocar por este amor misericordioso
do Senhor que nos perdoa sempre!
E
tu, caro jovem, cara jovem, já alguma vez sentiste pousar sobre ti
este olhar de amor infinito que, para além de todos os teus pecados,
limitações e fracassos, continua a confiar em ti e a olhar com
esperança para a tua vida? Estás consciente do valor que tens
diante de um Deus que, por amor, te deu tudo? Como nos ensina São
Paulo, assim «Deus demonstra o seu amor para connosco: quando ainda
éramos pecadores é que Cristo morreu por nós» (Rm 5, 8). Mas
compreendemos verdadeiramente a força destas palavras?
Sei
como todos vós amais a cruz das JMJ’s – dom de São João Paulo
II – que, desde 1984, acompanha todos os vossos Encontros Mundiais.
Na vida de inúmeros jovens, quantas mudanças – verdadeiras e
próprias conversões – brotaram do encontro com esta cruz singela!
Talvez vos tenhais posto a questão: donde vem esta força
extraordinária da cruz? Aqui tendes a resposta: a cruz é o sinal
mais eloquente da misericórdia de Deus. Atesta-nos que a medida do
amor de Deus pela humanidade é amar sem medida. Na cruz, podemos
tocar a misericórdia de Deus e deixar-nos tocar pela sua própria
misericórdia. Gostaria aqui de lembrar o episódio dos dois
malfeitores crucificados ao lado de Jesus: um deles é presunçoso,
não se reconhece pecador, insulta o Senhor. O outro, ao contrário,
reconhece ter errado, volta-se para o Senhor e diz-Lhe: «Jesus,
lembra-Te de mim, quando estiveres no teu Reino». Jesus fixa-o com
infinita misericórdia e responde-lhe: «Hoje estarás comigo no
Paraíso» (cf. Lc 23, 32.39-43). Com qual dos dois nos
identificamos? Com aquele que é presunçoso e não reconhece os
próprios erros? Ou com o outro, que se reconhece necessitado da
misericórdia divina e implora-a de todo o coração? No Senhor, que
deu a sua vida por nós na cruz, encontraremos sempre o amor
incondicional que reconhece a nossa vida como um bem e sempre nos dá
a possibilidade de recomeçar.
3.
A alegria extraordinária de sermos instrumentos da misericórdia de
Deus
A
Palavra de Deus ensina-nos que «a felicidade está mais em dar do
que em receber» (Act 20, 35). É precisamente por este motivo que a
quinta Bem-aventurança declara felizes os misericordiosos. Sabemos
que o Senhor nos amou primeiro. Mas só seremos verdadeiramente
bem-aventurados, felizes, se entrarmos na lógica divina do dom, do
amor gratuito, se descobrirmos que Deus nos amou infinitamente para
nos tornar capazes de amar como Ele, sem medida. Como diz São João:
«Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e
todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus.
Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.
(…) É nisto que está o amor: não fomos nós que amamos a Deus,
mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de
expiação pelos nossos pecados. Caríssimos, se Deus nos amou assim,
também nós devemos amar-nos uns aos outros» (1 Jo 4, 7-11).
Depois
de vos ter explicado muito resumidamente como o Senhor exerce a sua
misericórdia para connosco, quereria sugerir-vos em concreto como
podemos ser instrumentos desta mesma misericórdia para com o nosso
próximo.
Aqui
vem-me ao pensamento o exemplo do bem-aventurado Piergiorgio
Frassati. Dizia ele: «Jesus faz-me visita cada manhã na Comunhão,
eu restituo-a no mísero modo que posso, ou seja, visitando os
pobres». Piergiorgio era um jovem que compreendera o que significa
ter um coração misericordioso, sensível aos mais necessitados.
Dava-lhes muito mais do que meras coisas materiais; dava-se a si
mesmo, disponibilizava tempo, palavras, capacidade de escuta. Servia
os pobres com grande discrição, não se pondo jamais em evidência.
Vivia realmente o Evangelho, que diz: «Quando deres esmola, que a
tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a
tua esmola permaneça em segredo» (Mt 6, 3-4). Imaginai vós que, no
dia anterior ao da sua morte, gravemente doente, ainda se pôs a dar
orientações sobre o modo como ajudar os seus amigos necessitados.
No seu funeral, os familiares e amigos ficaram estupefactos com a
presença de tantos pobres, a eles desconhecidos, que tinham sido
acompanhados e ajudados pelo jovem Piergiorgio.
Sempre
me apraz associar as Bem-aventuranças evangélicas com o capítulo
25 de Mateus, quando Jesus nos apresenta as obras de misericórdia e
diz que seremos julgados com base nelas. Por isso, convido-vos a
redescobrir as obras de misericórdia corporal: dar de comer a quem
tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada
aos peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos, enterrar os
mortos. E não esqueçamos as obras de misericórdia espiritual: dar
bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram,
consolar os tristes, perdoar as injúrias, suportar com paciência as
fraquezas do nosso próximo, rezar a Deus por vivos e defuntos. Como
vedes, a misericórdia não é bonomia, nem mero sentimentalismo.
Aqui está o critério de autenticidade do nosso ser discípulos de
Jesus, da nossa credibilidade como cristãos no mundo de hoje.
Dado
que vós, jovens, sois muito concretos, quereria propor-vos a escolha
de uma obra de misericórdia corporal e outra de misericórdia
espiritual para pôr em prática cada mês nos primeiros sete meses
de 2016. Deixai-vos inspirar pela oração de Santa Faustina,
apóstola humilde da Misericórdia Divina nos nossos tempos:
«Ajuda-me,
Senhor, para que (…) os meus olhos sejam misericordiosos, de modo
que eu jamais suspeite nem julgue as pessoas pela aparência externa,
mas perceba a beleza interior dos outros e possa ajudá-los (…); o
meu ouvido seja misericordioso, de modo que eu esteja atenta às
necessidades do próximo e não me permitais permanecer indiferente
diante de suas dores e lágrimas (…); a minha língua seja
misericordiosa, de modo que eu nunca fale mal do próximo; que eu
tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão (…);
as minhas mãos sejam misericordiosas e transbordantes de boas obras
(…); os meus pés sejam misericordiosos, levem sem descanso ajuda
aos meus irmãos, vencendo a fadiga e o cansaço (…); o meu coração
seja misericordioso, para que eu seja sensível a todos os
sofrimentos do
próximo» (Diário, 163).
próximo» (Diário, 163).
Assim,
a mensagem da Misericórdia Divina constitui um programa de vida
muito concreto e exigente, porque implica obras. E uma das obras de
misericórdia mais evidentes, embora talvez das mais difíceis de
praticar, é perdoar a quem nos ofendeu, a quem nos fez mal, àqueles
que consideramos como inimigos. «Tantas vezes, como parece difícil
perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas
nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração.
Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança
são condições necessárias para se viver feliz» (Misericordiae
Vultus, 9).
Encontro
muitos jovens que se dizem cansados deste mundo tão dividido, no
qual se digladiam partidários de diferentes facções, existem
muitas guerras e há até quem use a própria religião como
justificação da violência. Temos de suplicar ao Senhor que nos dê
a graça de ser misericordiosos com quem nos faz mal; como Jesus que,
na cruz, assim rezava por aqueles que O crucificaram: «Perdoa-lhes,
Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34). O único caminho
para vencer o mal é a misericórdia. A justiça é necessária, e
muito! Mas, sozinha, não basta. Justiça e misericórdia devem
caminhar juntas. Quanto desejaria que nos uníssemos todos numa
oração coral, saída do mais fundo dos nossos corações,
implorando que o Senhor tenha misericórdia de nós e do mundo
inteiro!
4.
Cracóvia espera-nos!
Faltam
poucos meses para o nosso encontro na Polónia. Cracóvia, a cidade
de São João Paulo II e de Santa Faustina Kowalska, espera-nos com
os braços e o coração abertos. Creio que a Providência Divina nos
tenha guiado para celebrarmos o Jubileu dos Jovens precisamente no
lugar onde viveram estes dois grandes apóstolos da misericórdia dos
nossos tempos. João Paulo II intuiu que este era o tempo da
misericórdia. No início do seu pontificado, escreveu a encíclica
Dives in misericordia. No Ano Santo de 2000, canonizou a Irmã
Faustina, instituindo também a Festa da Misericórdia Divina, no
segundo Domingo de Páscoa. E, no ano 2002, inaugurou pessoalmente,
em Cracóvia, o Santuário de Jesus Misericordioso, consagrando o
mundo à Misericórdia Divina e manifestando o desejo de que esta
mensagem chegasse a todos os habitantes da terra e cumulasse os seus
corações de esperança: «É preciso acender esta centelha da graça
de Deus. É necessário transmitir ao mundo este fogo da
misericórdia. Na misericórdia de Deus o mundo encontrará a paz, e
o homem a felicidade!» (Homilia na Dedicação do Santuário da
Misericórdia Divina em Cracóvia, 17 de Agosto de 2002).
Queridos
jovens, Jesus misericordioso, representado na imagem venerada pelo
povo de Deus no santuário de Cracóvia a Ele dedicado, espera-vos.
Fia-Se de vós e conta convosco. Tem muitas coisas importantes a
dizer a cada um e a cada uma de vós… Não tenhais medo de fixar os
seus olhos cheios de amor infinito por vós e deixai-vos alcançar
pelo seu olhar misericordioso, pronto a perdoar todos os vossos
pecados, um olhar capaz de mudar a vossa vida e curar as feridas da
vossa alma, um olhar que sacia a sede profunda que habita nos vossos
corações jovens: sede de amor, de paz, de alegria e de verdadeira
felicidade. Vinde a Ele e não tenhais medo! Vinde dizer-Lhe do mais
fundo dos vossos corações: «Jesus, confio em Vós!» Deixai-vos
tocar pela sua misericórdia sem limites, a fim de, por vossa vez,
vos tornardes apóstolos da misericórdia, através das obras, das
palavras e da oração, neste nosso mundo ferido pelo egoísmo, o
ódio e tanto desespero.
Levai
a chama do amor misericordioso de Cristo – de que falava São João
Paulo II – aos ambientes da vossa vida diária e até aos confins
da terra. Nesta missão, acompanho-vos com os meus votos de todo o
bem e as minhas orações, entrego-vos todos à Virgem Maria, Mãe da
Misericórdia, nesta última etapa do caminho de preparação
espiritual para a próxima JMJ de Cracóvia, e de coração a todos
vos abençoo.
Vaticano,
15 de Agosto,
Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria – de 2015.
Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria – de 2015.
FRANCISCUS
FONTE:
CANÇÃO NOVA
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