Na
Missa de hoje, Papa lembrou que a impotência de Deus é o amor pela
humanidade; Deus pode tudo, menos deixar de amar
Da
Redação, com Rádio Vaticano
Deus
não condena, Ele só pode amar e o amor é a sua fraqueza e a
vitória do homem. Essa foi, em resumo, a reflexão do Papa Francisco
na Missa desta quinta-feira, 29, na Casa Santa Marta.
Francisco
durante Missa na Casa Santa Marta / Foto: L’Osservatore Romano
Da
primeira Leitura, Francisco destacou a fala de São Paulo: “Se Deus
é por nós, quem será contra nós?”. O Papa explicou que é como
se o cristão tivesse em mãos essa força da segurança de vencedor,
como uma propriedade, e pudesse dizer “sou campeão”. Mas o
sentido é outro, disse. O que faz o cristão vencedor é o fato de
que nada poderá separá-lo do amor de Deus.
“Não
é que nós somos vencedores sobre os nossos inimigos, sobre o
pecado. Não! Nós estamos tão ligados ao amor de Deus que ninguém,
nenhum poder, nada poderá nos separar deste amor. Paulo viu no dom,
viu mais, aquilo que dá o dom: é o dom da recriação, é o dom da
regeneração em Cristo Jesus. Viu o amor de Deus. Um amor que não
se pode explicar”.
A
impotência de Deus é a sua incapacidade de não amar
Francisco
explicou que cada pessoa pode até rejeitar esse dom, preferindo a
sua vaidade, o seu orgulho, o seu pecado. Mas mesmo assim o dom está
ali.
“O
dom é o amor de Deus, um Deus que não pode se separar de nós. Essa
é a impotência de Deus. Nós dizemos: ‘Deus é poderoso, pode
fazer tudo!’. Menos uma coisa: separar-se de nós! No Evangelho,
aquela imagem de Jesus que chora sobre Jerusalém nos faz entender
algo desse amor. Jesus chorou! Chorou sobre Jerusalém e naquele
choro está toda a impotência de Deus: a sua incapacidade de não
amar, de não se separar de nós”.
A
segurança do homem: Deus não condena, só pode amar
Sobre
esse episódio do Evangelho, o Papa explicou que Jesus chorou sobre
Jerusalém que matou os seus profetas, aqueles que anunciavam a sua
salvação. E Deus disse: “Quantas vezes quis reunir os teus filhos
como uma galinha e os seus pintinhos sob suas asas e vocês não
quiseram”. Essa é uma imagem de ternura, lembrou o Papa, e por
isso São Paulo entende e diz que foi convencido de que nem a morte,
nem a vida, nem os anjos e nem nada pode separar o homem desse amor
divino.
“Deus
não pode não amar! E essa é a nossa segurança. Eu posso rejeitar
aquele amor, posso rejeitar como fez o bom ladrão, até o fim da sua
vida. Mas ali o esperava aquele amor. O pior, o que mais diz
blasfêmias é amado por Deus com uma ternura de pai. E como diz
Paulo, como diz o Evangelho, como diz Jesus: ‘Como uma galinha com
os pintinhos’. E Deus, o Poderoso, o Criador pode fazer tudo: Deus
chora! Neste choro de Jesus sobre Jerusalém, naquelas lágrimas,
está todo o amor de Deus. Deus chora por mim, quando eu me afasto;
Deus chora por cada um de nós; Deus chora por aqueles malvados, que
fazem tantas coisas ruins, tanto mal à humanidade…Espera, não
condena, chora. Por que? Porque ama!”.
Fonte:
Canção Nova
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