terça-feira, 7 de novembro de 2017

Não maltratemos a nossa casa comum, pede Papa

Em postagem no twitter, Santo Padre lançou novo apelo em prol do cuidado com a criação

Da Redação, com Rádio Vaticano
É preciso preservar a casa comum para as futuras gerações, afirma o Papa/ Foto: Arquivo

Um novo apelo em prol do meio ambiente. Nesta segunda-feira, 6, o Papa Francisco postou uma mensagem no twitter em que pede cuidado ao meio ambiente, preservando-o para o futuro.
“A guerra causa sempre graves danos ao meio ambiente. Não maltratemos a nossa casa comum, mas a preservemos para as futuras gerações”, escreveu Francisco em sua conta, que tem mais de 40 milhões de seguidores nesta rede social.

O tweet do Papa foi publicado em um dia significativo com relação ao tema “meio ambiente”. Celebra-se hoje o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Tempos de Guerra e Conflito Armado. Também hoje começou em Bonn, Alemanha, a 23ª Conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP23).

Este evento, que segue até o dia 17 de novembro, busca discutir um próximo nível para enfrentar o aquecimento global e adotar um caminho de desenvolvimento mais seguro e próspero. A COP23 acontece dois anos após o Acordo de Paris, sobre as mudanças climáticas. Este foi um fruto da COP 21 (Conferência da ONU sobre mudanças climáticas realizada em Paris) e que foi adotado por líderes mundiais, entrando em vigor em 4 de novembro do ano passado.

O tema da degradação ambiental devido aos conflitos foi evidenciado várias vezes pelo Papa, em particular em sua encíclica Laudato sì, sobre o cuidado da casa comum. “É previsível que, perante o esgotamento de alguns recursos, se vá criando um cenário favorável para novas guerras, disfarçadas sob nobres reivindicações”, escreve no documento.

A guerra, adverte o Papa na encíclica, “causa sempre danos graves ao meio ambiente e à riqueza cultural dos povos, e os riscos avolumam-se quando se pensa na energia nuclear e nas armas biológicas”. Ele ressalta ainda que, apesar dos acordos internacionais, continuam nos laboratórios pesquisas para o desenvolvimento de novas armas capazes de alterar os equilíbrios naturais.
Francisco mostra particular preocupação pela água. “Os impactos ambientais poderiam afetar milhares de milhões de pessoas, sendo previsível que o controle da água por grandes empresas mundiais se transforme numa das principais fontes de conflitos deste século”.

Este é um alarme que o Santo Padre já havia lançado este ano, no discurso de encerramento de um seminário sobre o direito humano à água.

“É um problema que diz respeito a todos e faz com que a nossa casa comum sofra tanta miséria e clame por soluções efetivas, realmente capazes de superar os egoísmos que impedem a realização desde direito vital para todos os seres humanos”.

Fonte: Canção Nova

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