Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,
Vigários Paroquiais e demais Presbíteros.
“De agora em diante, juntamente com a Cruz, este Ícone de Maria acompanhará
as Jornadas Mundiais da
Juventude. Será sinal da presença materna de Maria junto aos jovens,
chamados, como o Apóstolo São João, a acolhê-la em sua vida” (João Paulo
II, 13/04/2003)
Com estas palavras acima recordamos o
significativo gesto de nosso Papa que, há exatamente dez anos,
presenteou-nos com o Ícone de Nossa Senhora para percorrer, aos pés da
Cruz, os inúmeros corações jovens espalhados pelo mundo. Não há o Filho
sem a Mãe, nem a Mãe sem o Filho! Por onde o Filho passa a Mãe se faz
presente; por onde a Mãe é invocada o Filho é anunciado!
No final do mês passado, a Cruz e o Ícone
foram entregues ao último Estado pelo qual irão passar nesta reta final
em vista da tão esperada JMJ Rio 2013. E isto aconteceu aos pés de Nossa
Senhora, sob suas bênçãos, em seu Santuário de Aparecida. Com grandes
expectativas, ansiedades, alegrias e preocupações, nada melhor do que o
coração da Mãe para nos orientar e acalmar.
Neste “Ano da Juventude” contemplamos o Mês
de Maio em sua riqueza de comemorações, todas elas instrumentos
privilegiados para a evangelização da juventude. Como temos apresentado Maria aos jovens e os jovens a Maria? Esta
aproximação e intimidade encontram seu espaço privilegiado na vida da
Comunidade, com suas inúmeras atividades e celebrações.
Falou de “mãe”, falou de família! Maio se
inicia com a festa de São José (1), o pai adotivo de Jesus, e se encerra
com a festa da Visitação de Nossa Senhora (31). O “Dia das Mães” (12) e
as festas de N. Sra. de Fátima (13) e de N. Sra. Auxiliadora (24) nos
remetem ao amor incondicional a que somos chamados a experimentar,
testemunhar e anunciar. Estas duas memórias marianas nos falam do
cuidado com os pequeninos e indefesos: Maria apareceu aos pastorzinhos
em Fátima; a devoção à Auxiliadora foi propagada por Dom Bosco para que
as crianças e os jovens, principalmente os abandonados, fizessem a
experiência primordial de serem amados por uma Mãe que jamais os
deixaria.
Quantos adolescentes e jovens de nossa
sociedade e Igreja sofrem uma carência afetiva, aguardando o nosso
aconchego! A dimensão materna em nossas relações e ações é primordial
para a formação integral destes pequeninos. Não basta amar os jovens; é
preciso que eles percebam que são amados! Um amor feito de presença,
palavras, orações, serviço, testemunho! Um amor educativo e
evangelizador nos meios das novas gerações. Um amor materno que se
incomoda com a fome e as dores físicas e espirituais de seus filhos! Um
amor que não mede esforços para resgatar vidas, defender o valor da
família, combater as drogas e a morte, gritar contra o aborto e toda
forma de extermínio! Um amor que não se conforma com a violência aos
jovens em nosso país… inclusive ao redor de nossas paróquias! Um amor
que não aceita a ideologia da redução da maioridade penal como pretexto
para se diminuir a violência numa sociedade ainda injusta que, ao
condenar os menores infratores e não oferecer propostas educativas
realmente restauradoras, não se lembra que eles são, antes de tudo, seus
filhos… seus frutos!
Por isso, o “mês da Mãe” é também o mês dos
filhos! O coração da Mãe é moldado cuidadosamente segundo os traços do
coração de Deus! Quer saber quem é Deus e o que Ele faz? O que sente, o
que pensa, o que espera? Observe, então, uma mãe e se deixe inundar pela
sua vida de fé, de oração, de serviço, de silêncio, de fidelidade, de
presença, de luta, de perseverança, de resiliência!
A Igreja, como Mãe, nos ajuda a viver esta
imprescindível maternidade em tempos de grandes mudanças. Neste mês, Ela
mostra aos nossos jovens o quanto os ama por meio, também, das
importantes festas litúrgicas: Ascensão (12), Pentecostes (19),
Santíssima Trindade (26), Corpus Christi (30). Além disso, ao
recordarmos a vocação dos Apóstolos Filipe (3), Tiago Menor (3), Matias
(14) e alguns santos de nossa história – São Domingos Sávio (6), Santa
Rita de Cássia (22), São Filipe Neri (26) – nos questionamos sobre a
nossa vocação e a nossa proposta de vida aos adolescentes e jovens.
Queridos irmãos párocos e demais amantes da
causa juvenil: deixem sempre o Espírito Santo massagear seus corações
para que, a exemplo de Maria e sob sua proteção, sua vida seja sempre um
testemunho alegre de entrega a Deus e de serviço aos irmãos. Vocês não
imaginam o impacto e a força das pequenas coisas e gestos que realizam
cotidianamente na vida dos jovens que os rodeiam!
Cantemos, juntos e com Maria: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”! Sob
sua proteção e intercessão, vivamos intensamente e com produtividade
estes momentos preciosos que a nossa Igreja está proporcionando à
pastoral juvenil em nosso país.
Mesmo distantes, abracemo-nos como irmãos, sob os olhares e ao redor Daquela, cuja comemoração neste mês muito nos alegra!
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB
Fonte: Jovens Conectados
Nenhum comentário:
Postar um comentário