O Santo Padre destacou a necessidade que tem a humanidade de homens e mulheres, particularmente de jovens, que não queiram viver a sua existência pela metade
André CunhaDa redação
Como de costume, a Via-Sacra com os jovens seguiu as 14 estações que contemplam o caminho de Cristo até a morte no Calvário. Este foi o segundo ato central da Jornada Mundial da Juventude que acontece em Cracóvia desde a terça-feira, 26.
As meditações aconteceram em torno das 14 obras de misericórdia (corporais e espirituais) recomendadas pela Igreja, especialmente neste Ano Santo da Misericórdia. Cada estação foi ilustrada por um vídeo que mostrava obras de misericórdia sendo praticadas na sociedade.
Em seu discurso, o Papa Francisco destacou a vivência das obras de misericórdia que abrem as portas para a misericórdia de Deus, sem a qual o cristão nada pode fazer. Além disso, o Pontífice chamou os jovens ao protagonismo no serviço:
“O Senhor renova-vos o convite para vos tornardes protagonistas no serviço. Ele quer fazer de vós uma resposta concreta às necessidades e sofrimentos da humanidade; quer que sejais um sinal do seu amor misericordioso para o nosso tempo!”, disse o Papa aos jovens.
O Santo Padre destacou a necessidade que a humanidade tem de homens e mulheres, particularmente de jovens, que não queiram viver a sua existência pela metade, mas que estejam prontos para gastar a vida no serviço gratuito aos irmãos mais pobres e vulneráveis.
Para cumprir esta missão, contou-lhes o Papa, Cristo aponta o caminho do compromisso pessoal e do sacrifício de si mesmo, ou seja, o caminho da cruz.
“O Caminho da cruz é o caminho da felicidade de seguir Cristo até ao fim, nas circunstâncias frequentemente dramáticas da vida diária; é o caminho que não teme insucessos, marginalizações ou solidões, porque enche o coração do homem com a plenitude de Jesus. O Caminho da cruz é o caminho da vida e do estilo de Deus, que Jesus nos leva a percorrer mesmo através das sendas duma sociedade por vezes dividida, injusta e corrupta”.
Segundo o Papa, a credibilidade de cristãos é posta em jogo no acolhimento da pessoa marginalizada que está ferida no corpo, e no acolhimento do pecador que está ferido na alma. “Se alguém, que se diz cristão, não vive para servir, não serve para viver. Com a sua vida, renega Jesus Cristo”, afirmou.
A fim da reflexão, Francisco questionou o jovens mais uma vez, como tem feito quase em todos os discursos nesta JMJ. Ele recordou-lhes a Sexta-feira Santa da morte de Jesus, na qual muitos discípulos voltaram tristes para suas casas e outros preferiram ir para a casa da aldeia, a fim de esquecer a cruz.
Nesse sentido, perguntou-lhes: “Nesta noite, como quereis tornar às vossas casas, aos vossos locais de alojamento? Nesta noite, como quereis voltar a encontrar-vos com vós mesmos? Cabe a cada um de vós dar resposta ao desafio desta pergunta”, disse encerrando a homilia.
Fonte: Canção Nova
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