Francisco
encontrou-se hoje com 7 mil crianças que fizeram várias perguntas
no encontro, entre elas uma sobre os centros de detenção para os
mais novos
Da
Redação, com Boletim da Santa Sé
Francisco
rodeado por crianças em encontro nesta segunda-feira na Sala Paulo
VI / Foto: Reprodução CTV
É
preciso apostar na reinserção em vez da prisão de menores,
considerou o Papa Francisco nesta segunda-feira, 11, ao
encontrar-se no Vaticano com 7 mil crianças, na iniciativa da
“Fábrica da Paz”, projeto inter-religioso nas escolas italianas
para o qual o Papa foi nomeado como “operário especial”.
Entre
as 13 perguntas dos participantes do encontro, uma delas foi de um
jovem que está no centro de detenção para menores Casal del Marmo.
Ele perguntou: “A resposta aos meninos como eu muitas vezes é o
cárcere. O senhor está de acordo?”. Francisco foi claro ao
dizer que não concorda com isso.
“Não.
Não estou de acordo. Repito o que disse: é a ajuda a levantar-se, a
se reinserir, com a educação, com o amor, com a proximidade. Mas a
solução do cárcere é a coisa mais cômoda para esquecer aqueles
que sofrem! Eu vos dou um conselho: quando vos disserem que este está
na prisão, que aquele está na prisão, que aquele outro está na
prisão, digam a vocês mesmos: ‘Também eu posso fazer os mesmos
erros que ele fez’. Todos podemos cometer os erros mais brutos! Não
condenar nunca! Ajudar sempre a se levantar e a se reinserir na
sociedade”.
Paz
Respondendo
a um menino egípcio, que perguntou ao Papa porque as pessoas
poderosas não ajudam a escola, já que esta quer bem às crianças,
Francisco expandiu o horizonte para uma questão maior: “por que
tantas pessoas poderosas não querem a paz?”
“Porque
vivem das guerras! A indústria das armas: isso é grave! Os
poderosos, alguns poderosos, lucram com a fábrica das armas e vendem
as armas a este país que está contra aquele, depois vendem àquele
que é contra este…É a indústria da morte! E lucram! (…)
Ganha-se dinheiro, mas se perdem as vidas, se perde a cultura, se
perde a educação, se perdem tantas coisas”.
Sofrimento
infantil
Um
menino em cadeira de rodas emocionou o Papa ao perguntar porque uma
criança, que nada fez de mal, nasce com problemas como ele. Antes
mesmo de responder, Francisco quis enfatizar que não gosta de dizer
que uma criança é deficiente, pois ela apenas tem uma capacidade
diferente e todos são capazes de dar alguma coisa.
Sobre
a pergunta, o Papa disse que não há uma resposta, mas destacou
apenas que é necessário ajudar, com uma presença muito próxima,
aqueles que sofrem.
Fonte:
Canção Nova
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