Para
o Cardeal Tauran, a tolerância religiosa é um termo que implica a
ideia de aceitação e não de partilha
Da
redação, com Rádio Vaticano
“A
religião não divide e não gera violência”, afirmou em
mensagem, o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo
Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, na inauguração, na
tarde desta quinta-feira, 20, em Rimini, centro-oeste da Itália, no
tradicional Encontro de Amizade entre os Povos, promovido pelo
Movimento “Comunhão e Libertação”.
Juntamente
com representantes do Islamismo, o rabino Haim Korsia, e do Judaísmo,
professor Azzedine Gaci, o Cardeal Tauran recorda que “as religiões
não devem ser um problema, mas parte da sua solução, em um mundo
ferido pelo fundamentalismo e aterrorizado por atentados, perpetrados
por uma minoria anônima”.
Os
três representantes das grandes religiões monoteístas reafirmaram
o “não” à intolerância, e o “sim” ao respeito da dignidade
humana e a uma responsabilidade sempre maior dos guias espirituais.
O
Cardeal Tauran, por sua vez, frisou que “a tolerância é um termo
que implica a ideia de aceitação e não de partilha”. “É
preciso dar um passo adiante, acatando a existência do outro como
condição essencial da própria existência. Eis a prova que
enriquece a vida de um ser humano”, disse.
“Vivemos
em um mundo muito paradoxal: de um lado, alguns proclamam a morte de
Deus e a não necessidade de Deus; de outro, nunca se ouviu falar
tanto de Deus, como em nossos dias. Cristãos, Judeus e Muçulmanos
devem acolher três desafios: a identidade da nossa fé; o altruísmo
com os irmãos das outras religiões; enfim, sinceridade nas nossas
intenções. O diálogo inter-religioso deve favorecer a conversão,
o diálogo e a verdade””, conclui o cardeal francês.
FONTE:
CANÇÃO NOVA
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