O
Presidente da Comissão Episcopal para a Vida e Família, Dom João
Bosco Barbosa, orienta que a Semana da Família aconteça também
fora da Igreja, na sociedade
André
Cunha
Da redação
Da redação
A Semana
da Família começou
em 1992. É o período mais intenso de acontecimentos sobre a família
no Brasil, concentrando as comunidades e as pastorais do país
inteiro em torno deste tema.
Para
o Presidente da Comissão Episcopal para a Vida e Família da CNBB,
Dom João Bosco Barbosa, esse acontecimento nas paróquias
brasileiras deve ultrapassar os limites da Igreja e acontecer também
na sociedade.
“Ainda
não conseguimos totalmente isso. A gente sabe que acontece a Semana
da Família em todas as dioceses, porém, a maioria é internamente.
A gente gostaria de ver a Semana da Família acontecer lá fora: nas
escolas, nas instituições da sociedade, na rua, nos acontecimentos
da vida do povo em geral. Acho que temos que crescer muito ainda. De
toda forma, temos que comemorar porque a Semana da Família cresceu e
vem crescendo sempre em significado, em comprometimento e conteúdo
também”, disse o bispo.
Dom
João acredita que o evento sobre a família chegue também a outras
realidadesé preciso, primeiramente, que ela seja ainda mais
fortalecida nas bases da Igreja. “Ainda tem muito lugar onde Semana
da Família passa em branco”, afirmou.
Em
segundo lugar, deve-se aproveitar o atual momento “de grande
intensidade e visibilidade de reflexão sobre a família” – a
partir dos dois Sínodos, o Ordinário e Extraordinário – para
envolver toda a comunidade na Pastoral Familiar.
“Ainda
existe muito aquela ideia de que a Pastoral Familiar é um movimento
ao lado de outros movimentos, uma pastoral como todas as outras. A
Pastoral Familiar tem que ser modular, tem que dialogar com todas as
pastorais, não pode ser uma ação de um grupo pequeno, mas deve ser
um grupo que anima a comunidade na linha das ações que levam a um
enfrentamento das questões familiares”, considerou.
“Falo
enfrentamento porque muitas vezes fazemos só a reflexão. O próprio
Papa Francisco diz isso, que nós somos muito bons de diagnóstico,
mas na hora de fazer a gente não encontra caminho, acha difícil e
acaba desistindo. É importante que as reflexões que fazemos nessa
semana se tornem ações”, completou.
De
acordo com Dom João, estas ações devem encontrar as fragilidades
do povo de Deus: “quem são pessoas das periferias existenciais da
família, quem aqueles que precisam de apoio, quem são os que estão
perdidos e precisam de um norte, quem são os que precisam também de
apoio material?”.
“Enfim,
a pastoral familiar tem que encontrar esses problemas primeiro e,
depois, descobrir junto da comunidade os recursos humanos, as pessoas
que vão atuar junto a esses que necessitam. E também recursos
materiais porque, normalmente, vêm junto com problemas sociais”,
afirmou.
Fonte:
Canção Nova
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