quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Semana da Família deve ser também fora da Igreja, diz bispo

O Presidente da Comissão Episcopal para a Vida e Família, Dom João Bosco Barbosa, orienta que a Semana da Família aconteça também fora da Igreja, na sociedade

André Cunha
Da redação

Semana da Família começou em 1992. É o período mais intenso de acontecimentos sobre a família no Brasil, concentrando as comunidades e as pastorais do país inteiro em torno deste tema.
Para o Presidente da Comissão Episcopal para a Vida e Família da CNBB, Dom João Bosco Barbosa, esse acontecimento nas paróquias brasileiras deve ultrapassar os limites da Igreja e acontecer também na sociedade.
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Dom João Bosco Barbosa / Foto: Daniel Mafra
Ainda não conseguimos totalmente isso. A gente sabe que acontece a Semana da Família em todas as dioceses, porém, a maioria é internamente. A gente gostaria de ver a Semana da Família acontecer lá fora: nas escolas, nas instituições da sociedade, na rua, nos acontecimentos da vida do povo em geral. Acho que temos que crescer muito ainda. De toda forma, temos que comemorar porque a Semana da Família cresceu e vem crescendo sempre em significado, em comprometimento e conteúdo também”, disse o bispo.
Dom João acredita que o evento sobre a família chegue também a outras realidadesé preciso, primeiramente, que ela seja ainda mais fortalecida nas bases da Igreja. “Ainda tem muito lugar onde Semana da Família passa em branco”, afirmou.
Em segundo lugar, deve-se aproveitar o atual momento “de grande intensidade e visibilidade de reflexão sobre a família” – a partir dos dois Sínodos, o Ordinário e Extraordinário – para envolver toda a comunidade na Pastoral Familiar.
Ainda existe muito aquela ideia de que a Pastoral Familiar é um movimento ao lado de outros movimentos, uma pastoral como todas as outras. A Pastoral Familiar tem que ser modular, tem que dialogar com todas as pastorais, não pode ser uma ação de um grupo pequeno, mas deve ser um grupo que anima a comunidade na linha das ações que levam a um enfrentamento das questões familiares”, considerou.
Falo enfrentamento porque muitas vezes fazemos só a reflexão. O próprio Papa Francisco diz isso, que nós somos muito bons de diagnóstico, mas na hora de fazer a gente não encontra caminho, acha difícil e acaba desistindo. É importante que as reflexões que fazemos nessa semana se tornem ações”, completou.
De acordo com Dom João, estas ações devem encontrar as fragilidades do povo de Deus: “quem são pessoas das periferias existenciais da família, quem aqueles que precisam de apoio, quem são os que estão perdidos e precisam de um norte, quem são os que precisam também de apoio material?”.
Enfim, a pastoral familiar tem que encontrar esses problemas primeiro e, depois, descobrir junto da comunidade os recursos humanos, as pessoas que vão atuar junto a esses que necessitam. E também recursos materiais porque, normalmente, vêm junto com problemas sociais”, afirmou.

Fonte: Canção Nova

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