Francisco falou aos
fiéis após ouvir os testemunhos daqueles que passaram pela experiência da perda
de um ente querido, da perseguição e da solidão
André Cunha
Da redação
Da redação
Na primeira Vigília “para enxugar as lágrimas”, realizada nesta
quinta-feira, 6, o Papa Francisco disse que as mais amargas são as lágrimas
causadas pela maldade humana: “as lágrimas de quem viu arrancar-lhe
violentamente uma pessoa querida; lágrimas de avós, de mães e pais, de
crianças…”.
A Vigília teve início às 12h5o (horário de Brasília), com três
histórias. As primeiras sobre duas famílias: uma que sofreu a perda de um filho
que suicidou-se aos 15 anos, e a outra que foi perseguida no Paquistão por
causa do trabalho do pai, jornalista, que relatava o sofrimento dos cristãos da
região.
Por último, dois irmãos gêmeos contaram a experiência de dor, de
solidão, de tristeza e da busca do sentido da vida, antes do encontro com o
amor misericordioso de Deus.
Foto: Reprodução CTV
Após ouvir os testemunhos, o Papa Francisco destacou a busca pela
consolação que cada homem faz nos momentos de tristeza, na tribulação da
doença, na angústia da perseguição e na desolação do luto. “A mente enche-se de
interrogações, mas as respostas não chegam. A razão, sozinha, não é capaz de
iluminar o nosso íntimo, compreender a dor que sentimos e dar a resposta que
esperamos. Nestes momentos, temos mais necessidade das razões do coração, as
únicas capazes de nos fazerem entender o mistério que envolve a nossa solidão”.
Francisco disse que de todas as lágrimas, as mais amargas são causadas
pela maldade humana. Mas destacou que, nesta dor, “não estamos sozinhos”.
“Também Jesus sabe o que significa chorar pela perda duma pessoa amada”, disse
recordando os fatos bíblicos onde Cristo chora.
“Se Deus chorou, também eu posso chorar, ciente de que sou compreendido.
O pranto de Jesus é o antídoto contra a indiferença face ao sofrimento dos meus
irmãos”.
Segundo o Papa, no momento do pavor, da comoção e do pranto, a oração
surge no coração de Cristo. Por isso, afirmou que a oração é o “verdadeiro
remédio” para o sofrimento humano. “Na oração, também nós podemos sentir a
presença de Deus ao nosso lado”, afirmou.
Por último, Francisco apontou que a “força do amor” transforma o sofrimento
na certeza da vitória de Cristo e do homem, na esperança de um dia contemplar o
rosto da Santíssima Trindade, “fonte eterna da vida e do amor”.
Fonte: Canção Nova
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