Durante a Catequese desta quarta-feira, Francisco explicou que a condição de filhos de Deus é fruto do amor do Pai
Da
Redação, com Rádio Vaticano
Francisco
se reúne com os fiéis às quartas-feiras para a tradicional
catequese / Foto: Reprodução CTV
A
parábola do Pai Misericordioso foi o tema da Audiência Geral nesta
quarta-feira, 11. O Papa comentou o trecho extraído do Evangelho de
Lucas, que fala de um Pai, cuja misericórdia é infinita, e de Seus
dois filhos.
Francisco
explicou que o filho mais novo vai embora de casa e, ao
voltar, o pai não se mostra ressentido pela grave ofensa, mas, ao
contrário, tem somente sentimentos de alegria por recuperar o filho
perdido. Isso, ressaltou Francisco, ensina-nos que a nossa condição
de filhos de Deus não depende dos nossos erros ou acertos, mas é
fruto do amor do coração do Pai.
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Amor incondicional
“Penso
nas mães e nos pais apreensivos quando veem os filhos se afastarem
por estradas perigosas. Penso nos párocos e nos catequistas que, às
vezes, se perguntam se o seu trabalho foi em vão. Mas penso também
em quem se encontra na prisão e pensa que sua vida acabou, aos que
fizeram escolhas erradas e não conseguem olhar para o futuro, a
todos aqueles que têm fome de misericórdia e de perdão e acreditam
não merecê-la. Em qualquer situação da vida, não devo esquecer
que jamais deixarei de ser filho de Deus, de um Pai que me ama e
aguarda o meu retorno.”
Ao
refletir sobre a postura do filho mais velho, o Papa destacou
que esse se vangloriou de ter ficado ao lado do pai e tê-lo
servido, mas não viveu com alegria essa proximidade. Segundo o
Papa, isso mostra que a lógica da recompensa nos faz ignorar que não
permanecemos na casa do pai, para que se obtenha algum benefício,
mas por termos a dignidade de filhos que compartilham as
responsabilidades do pai.
Lógica de Cristo
O
filho menor pensa que merece um castigo por causa dos próprios
pecados, já o filho maior esperava uma recompensa pelos seus
serviços. Os dois irmãos não falam entre si, vivem histórias
diferentes, mas raciocinam ambos segundo uma lógica estranha a
Jesus: comportando-se bem, recebe um prêmio; comportando-se mal, é
punido, explicou o Papa. “Essa não é a lógica de Jesus”.
Ao
concluir, Francisco disse que essa lógica é subvertida pelas
palavras do pai: é preciso fazer festa, porque seu irmão voltou.
Sem o menor, também o filho maior deixa de ser um irmão. “A maior
alegria de um pai é ver que os seus filhos se reconhecem irmãos”,
disse Francisco.
“Os
filhos podem decidir unirem-se à alegria do pai ou rejeitá-la. E a
parábola termina deixando o fim suspenso: não sabemos o que o filho
maior decidiu. Esse é um estímulo para nós. Esse Evangelho nos
ensina que todos necessitamos entrar na casa do Pai e participar da
sua alegria, da festa da misericórdia e da fraternidade. Abramos o
nosso coração para sermos misericordiosos como o Pai!”
Fonte:
Canção Nova
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