Francisco disse que a oração ajuda o homem a conservar a fé em Deus e a se entregar a Ele, mesmo quando não compreende Sua vontade
Da
Redação, com Rádio Vaticano
Papa
Francisco durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 25 / Foto:
Reprodução CTV
Na
Audiência Geral desta quarta-feira, 25, o Papa fez uma reflexão
sobre a oração como fonte de misericórdia.
Inspirado
na parábola da viúva e do juiz iníquo, Francisco recordou que, no
final, a perseverança da viúva prevaleceu até mesmo sobre a
iniquidade de um juiz inescrupuloso.
“Nos
fará bem escutar isso hoje”, enfatizou o Papa, ao destacar que a
parábola contém um ensinamento importante: “A necessidade de
rezar sempre, sem jamais esmorecer. Portanto, não se trata de rezar
às vezes, quando ‘estou a fim’. Não, Jesus diz que é preciso
rezar sempre, sem cessar”.
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Francisco
afirmou que ao contrário do juiz desonesto, Deus atende prontamente
seus filhos, mesmo que isso signifique que não o faça no tempo e da
maneira que gostaríamos.
“A
oração não é uma varinha mágica, não é uma varinha mágica. A
oração ajuda a conservar a fé em Deus e a nos entregar a Ele mesmo
quando não compreendemos a sua vontade. Nisto, Jesus, que rezava
tanto é um exemplo para nós”, disse o Papa.
Francisco
então argumentou que, à primeira vista, poderia parecer que Deus
não teria escutado as orações de seu Filho, dado que Cristo morreu
na cruz. Todavia, citando a Carta aos Hebreus, o Papa recordou que
“Deus realmente salvou Jesus da morte concedendo-Lhe sobre essa a
vitória completa, mas o caminho para conquistá-la passou pela
própria morte”.
O
Papa explicou que na oração no Getsêmani, Jesus se entrega sem
reservas ao Pai: que “não seja como eu quero, mas como tu queres”.
A partir deste momento, tudo mudou.
“O
objeto da oração passa a um segundo plano; o que importa antes de
tudo é a relação com o Pai. É isso o que a oração faz:
transforma o desejo e modela-o segundo a vontade de Deus, seja qual
essa for, porque quem reza quer, em primeiro lugar, unir-se a Deus,
que é Amor misericordioso”, explicou.
Ao
concluir, Francisco ressaltou que a parábola termina com um
importante questionamento: “Mas quando o Filho do Homem voltar,
encontrará a fé sobre a terra?”
“E
com esta pergunta, estamos todos em alerta: não devemos desistir da
oração mesmo que não seja correspondida. É a oração que
conserva a fé, sem ela a fé vacila”, concluiu o Papa.
Fonte:
Canção Nova
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