Em
encontro com a Conferência Episcopal de Porto Rico, o Papa
impulsionou os bispos a serem exemplos para os sacerdotes e a
buscarem sempre a renovação espiritual
Da
redação, com Rádio Vaticano
O
Papa Francisco fez seu discurso aos bispos na manhã desta
segunda-feira, 8 / Foto: L’Osservatore Romano
O
Papa Francisco recebeu, nesta segunda-feira, 8, pela manhã, a
Conferência Episcopal de Porto Rico, em visita ad
Limina.
Depois
da saudação inicial, o Pontífice fez seu discurso aos bispos e
destacou que, nesse arquipélago caribenho, foi fundada uma das três
primeiras dioceses que se estabeleceram no continente americano.
“Desde
estão, a sua história eclesial está entrelaçada pela fidelidade e
tenacidade de muitos pastores, religiosos, missionários e leigos que
souberam comunicar a alegria do anúncio de Cristo Salvador e em Seu
nome criaram várias iniciativas em favor do bem comum, no campo
litúrgico, social e educacional, que marcaram profundamente a vida
pública e particular do povo porto-riquenho”, afirma.
O
Santo Padre acrescentou que os bispos são chamados, como arautos do
Evangelho e guardiões da esperança de seu povo, a continuar
escrevendo a obra de Deus nas igrejas locais, animados pelo espírito
de comunhão eclesial, fazendo com que a fé cresça e a luz da
verdade brilhe também em nossos dias.
“A
confiança recíproca e a comunicação sincera entre vocês ajudará
o clero e os fiéis a verem a unidade autêntica tão querida por
Cristo”, disse ainda Santo Padre.
Diante
da grandeza e desproporção dos problemas, Francisco frisou também
que o bispo precisa recorrer não somente à oração, mas também à
amizade e ajuda fraterna de seus irmãos no episcopado.
“Não
desperdicem energias com divisões e confrontos, mas sim para
construir e colaborar. Vocês sabem que quanto mais intensa é a
comunhão, mais se favorece a missão. Saibam se distanciar de
ideologias ou tendências políticas que lhes fazem perder tempo e o
verdadeiro ardor pelo Reino de Deus. A Igreja, em razão da sua
missão, não está ligada a nenhum sistema político. Ela é sinal e
salvaguarda do caráter transcendente da pessoa”, sublinhou.
Modelo
a seguir
O
Papa disse que o bispo é modelo para os seus sacerdotes e os
impulsiona a buscar sempre a renovação espiritual e a redescobrirem
a alegria de apascentar seu rebanho dentro da grande família que é
a Igreja.
“Peço-lhes
para que sejam acolhedores com eles, que se sintam ouvidos e guiados
para que possam crescer na comunhão, santidade e sabedoria, e levar
a todos os mistérios da salvação”, destacou.
Falando
sobre o próximo Jubileu da Misericórdia, Francisco recordou aos
bispos que eles e os sacerdotes devem ser servidores fiéis do perdão
de Deus, sobretudo no Sacramento da Reconciliação, no qual se
experimenta na própria carne o amor de Deus e se oferece a cada
penitente a fonte da verdadeira paz interior.
“Para
ter bons pastores é preciso cuidar da pastoral vocacional. Os
seminários devem oferecer uma formação adequada aos candidatos ao
sacerdócio.” O Papa destacou a necessidade de facilitar aos fiéis
a vida sacramental e oferecer-lhes uma formação permanente adequada
para que possam cumprir a sua missão.
“Desejo
de coração que, animados pelo exemplo dos leigos o Beato Carlos
Manuel Rodríguez Santiago, modelo de entrega e serviço apostólico,
e o venerável mestre Rafael Cordero y Molina, cresçam no caminho de
adesão ao Evangelho, se aprofundando na Doutrina Social da Igreja e
participando dos debates públicos.”
Francisco
sublinhou a necessidade de consolidar cada vez mais a pastoral
familiar diante dos problemas sociais que afligem a família, como a
difícil situação econômica, migração, violência doméstica,
desemprego, narcotráfico e corrupção. “São realidades que nos
preocupam”, disse.
O
Santo Padre chamou à atenção os bispos porto-riquenhos para o
valor e a beleza do matrimônio. “A complementaridade entre o homem
e a mulher está sendo questionada pela ideologia do gênero, em prol
de uma sociedade mais livre e mais justa. As diferenças entre homem
e mulher não são para a contraposição ou subordinação, mas para
a comunhão e geração.”
O
Pontífice acrescenta dizendo que o Sacramento do Matrimônio é
sinal do amor de Deus pela humanidade e da entrega de Cristo por sua
Esposa, a Igreja. “Cuidem desse tesouro, um dos mais preciosos dos
povos da América Latina e do Caribe”, frisou Francisco.
Dentre
os desafios atuais para o trabalho apostólico, o Papa citou a
implementação do Plano Conjunto de Pastoral nas dioceses no qual
deve estar sempre presente a dimensão missionária para as
periferias existenciais.
Fonte:
Canção Nova
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