Diretor-executivo
comenta os desafios e superações dentro de uma instituição que
trabalha apenas com voluntários
Monique
Coutinho
Da redação
Da redação
Para
o mês de agosto, o Papa Francisco dedicou sua intenção de oração
a todas as pessoas que, de alguma forma, servem os necessitados sem
esperar nada em troca: os voluntários. O Pontífice pede para que
esses colaboradores se entreguem com generosidade a serviço daqueles
que mais precisam.
O
voluntariado vai além de conceder o seu tempo ao outro. É doar-se
para alguém que talvez você nem conheça, ou, para alguma causa que
precisa do seu trabalho. Hoje, existem muitos lugares e sites que
fazem a intermediação entre instituições, ONG’S e lugares com
as pessoas que querem se entregar ao voluntariado.
Um
exemplo de entidade que trabalha 100% com voluntários é o Instituto
de Reintegração dos Refugiados no Brasil (Adus),
que servem solicitantes e pessoas em situação de refúgio, ou seja,
aqueles que tiveram que migrar de outros países por conta da pobreza
extrema, perseguições ou até mesmo questões climáticas.
Voluntários
trabalhando na produção de novos materiais informativos para os
refugiados / Foto: Facebook/Adus
De
acordo com o diretor-executivo da Adus, Marcelo Haydu, ter uma
instituição exclusivamente formada por voluntários acaba se
tornando um grande desafio. “As coisas muitas vezes não caminham
com a velocidade que a gente quer, por conta de não ter pessoas que
se dediquem de verdade”, afirma.
Por
se tratar de uma instituição, outro desafio é a forma com que a
obra se mantém, uma vez que todo meio lucrativo vêm de doações e
ações solidárias. “Temos um programa chamado ‘Amigo Adus’,
onde as pessoas fazem doações ou ajuda a instituição com uma
contribuição mensal e fazemos também outras ações como o bazar,
que hoje é o carro-chefe da Adus em relação a verba. Então a
gente faz um bazar bimestral e por meio deses bazares é que a gente
basicamente se mantém”, diz Marcelo.
Fazer
o bem
Se
colocar a disposição do próximo acaba transformando as
dificuldades em superação. Para Marcelo, o mundo encontra-se muito
individualista e por este motivo, é preciso fazer diferente,
deixando de olhar apenas para si, mas também para o próximo. “A
gente tem que ajudar mesmo. Acho que isso volta pra gente de uma
forma bacana e é prazeroso você ajudar a transformar a vida de
algumas pessoas.”
Quando
há a disposição em ser voluntário, como explicou o diretor, é
preciso agir de forma livre e desinteressada a favor da cidadania,
independente do órgão ou pessoa que irá ajudar.
Para
Marcelo, que atua como voluntário há 10 anos, esse tipo de trabalho
não deve ser feito para desencargo de consciência, mas sim, por
prazer. “Não pode ser algo mecânico ou algo para que você possa
a noite dormir em paz. Não é esse o caminho. É algo que faça
parte da sua vida. Você tem que fazer um trabalho voltado a um tema
que traga paixão, que te traga prazer, que te faça envolver.”
Ao
concluir, o diretor-executivo da Adus observa que diversas
instituições precisam do voluntariado e existem aquelas que
trabalham até mesmo a favor dos animais. “Tem de tudo. Não é
possível que alguém não se identifique com alguma causa, que não
tenha paixão por alguma causa e que não possa ajudar.”
Fonte:
Canção Nova
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