Na homilia de hoje, Papa lembrou que Deus ama a humanidade, não importa o quanto ela seja pecadora
Da
Redação, com Rádio Vaticano
Nem
todo amor vem de Deus, mas Deus é o verdadeiro amor. Esse foi o
pensamento que conduziu a homilia do Papa Francisco nesta
sexta-feira, 8, na Casa Santa Marta. Francisco lembrou que Deus ama
sempre e primeiro, não importa o quanto o homem seja pecador.
Na
Primeira Leitura, o apóstolo João faz uma longa reflexão sobre
dois mandamentos principais da vida de fé: o amor de Deus e o amor
do próximo.
“Esta
palavra ‘amor’ é uma palavra usada tantas vezes e não se sabe,
quando se usa, o que significa exatamente. O que é o amor? Às vezes
pensamos no amor das telenovelas, não, aquilo não parece amor. O
amor pode parecer um entusiasmo por uma pessoa e depois…se apaga.
De onde vem o verdadeiro amor? Qualquer um que ama foi gerado por
Deus, porque Deus é amor”.
O ano do perdão
Francisco
observou que João destaca uma característica do amor de Deus: ama
“por primeiro”. A prova disso é a narração no Evangelho da
multiplicação dos pães, proposta pela liturgia: Jesus olha para a
multidão e sente “compaixão”, o que não é a mesma coisa que
“sentir pena”, ressaltou o Papa. O amor que Jesus nutre pelas
pessoas leva-O a sofrer com elas e esse amor de Deus é exemplificado
de inúmeras formas, como nas passagens sobre Zaqueu, Natanael e o
filho pródigo.
“Quando
temos alguma coisa no coração e queremos pedir perdão ao Senhor, é
Ele que nos espera para nos dar o perdão. Este Ano da Misericórdia
recorda um pouco isso também: que nós sabemos que o Senhor está
nos aguardando, a cada um de nós. Por que? Para nos abraçar. Nada
de mais. Para dizer: filho, filha, te amo. Deixei que crucificassem
meu Filho para ti; este é o preço do meu amor; este é o presente
de amor”.
O
Papa enfatizou que Deus espera pelo homem, mas quer que ele abra a
porta do seu coração, é preciso ter essa certeza sempre. “Ir ao
Senhor e dizer: ‘Mas tu sabes, Senhor, que te amo’. Ou senão,
posso dizer assim: ‘Sabes, Senhor, que eu gostaria de te amar, mas
sou muito pecador, muito pecadora”. E Ele fará o mesmo que fez com
o filho pródigo, que gastou todo o dinheiro em vícios: nem te
deixará acabar a frase, e com um abraço te calará. O abraço do
amor de Deus”.
Fonte:
Canção Nova
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