segunda-feira, 1 de junho de 2015

A salvação é fruto do descarte do Filho de Deus, afirma Papa

Francisco falou da lógica inversa que constitui a salvação do homem: embora marcada pelo sofrimento da crucificação de Jesus, essa cruz é a grande vitória

Da Redação, com Rádio Vaticano
Francisco celebra a Missa na Casa Santa Marta / Foto: L'Osservatore Romano
Francisco celebra a Missa na Casa Santa Marta / Foto: L’Osservatore Romano
Na homilia desta segunda-feira, 1º, o Papa Francisco recordou aos fiéis que a Cruz de Cristo é o símbolo da vitória para os cristãos. Ele explicou que o caminho do homem na terra é marcado por muitas falências, mas termina na vitória do amor, que é a cruz de Jesus.
Francisco comentou o Evangelho do dia, que propõe a parábola dos vinhateiros homicidas, uma narração que fala de uma pedra rejeitada que se torna fundamental. O Santo Padre explicou que Deus constrói a história da humanidade sobre a fraqueza, o que de início parece uma história de falências, mas é o contrário que acontece.
Os profetas, os homens de Deus que falaram ao povo, que não foram ouvidos, que foram descartados, serão a Sua glória. O Filho, o último enviado, que foi completamente descartado, julgado, não ouvido e morto, tornou-se a pedra angular. Essa história, que começa com um sonho de amor e que parece ser uma história de amor, acaba depois numa história de falências, acaba com o grande amor de Deus, que do descarte nos dá a salvação; do Seu Filho descartado, Ele nos salva a todos”.
É nesse ponto que a história se inverte, afirmou o Papa, lembrando o que Jesus disse: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular. Isso vem do Senhor, e é maravilha aos nossos olhos”.
O caminho de nossa redenção é um caminho de muitas falências. Até mesmo o da cruz é um escândalo, mas é ali que vence o amor. Aquela história que começa com um sonho de amor e continua com uma história de falências, termina na vitória do amor: a cruz de Jesus. Não devemos nos esquecer desse caminho, é um caminho difícil. Também o nosso! Se cada um de nós fizer um exame de consciência, verá quantas vezes, quantas vezes expulsou os profetas. Quantas vezes disse a Jesus: ‘Vai embora’, quantas vezes quis salvar si mesmo, quantas vezes pensamos que éramos justos”.
Francisco pediu que os fiéis nunca esqueçam que é na morte do Filho de Deus na Cruz que se manifesta o amor do Pai ao Seu povo. “Fará-nos bem recordar, lembrar essa história de amor que parece ser um fracasso, mas no final vence. É a história a ser lembrada na história de nossa vida, daquela semente de amor que Deus semeou em nós e fazer o mesmo que Jesus fez por nós: humilhou-se”.

Fonte: Canção Nova

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