Papa
reforça apelos para “fazer calar as armas” e lamentou o
“silêncio cúmplice” de tantos, perante a guerra, de quem “não
faz nada” diante dos conflitos
Da
redação, com Agência Ecclesia
O Papa Francisco reforçou neste domingo, 4, o seu apelo em favor do fim das guerras e contra a exploração dos seres humanos, no segundo Angelus deste ano.
“Fazer
calar as armas e apagar os focos de guerra continua a ser a condição
indispensável para dar início a um caminho que leve a obter a paz,
nos seus vários aspectos”, declarou Francisco.
O
Papa lamentou o “silêncio cúmplice” de tantos, perante a
guerra, de quem “não faz nada” diante dos conflitos, e disse que
“quem faz o mal odeia a paz”.
O
discurso aludiu aos conflitos que “ainda ensanguentam demasiadas
regiões do planeta”, as tensões no seio das famílias e
comunidades, bem como aos conflitos nas cidades e países entre
grupos de diferentes culturas, etnias e religiões.
“Temos
de convencer-nos, apesar de toda a aparência ao contrário, que a
concórdia é sempre possível, em qualquer nível e situação: não
há futuro sem propósitos e projetos de paz”, assinalou.
Exploração
do ser humano
Francisco
deixou votos de que o novo ano traga o fim “da exploração do
homem pelo homem”, algo que considerou “uma chaga social que
atormenta as relações interpessoais e impede uma vida de comunhão”,
marcada pelo “respeito, a justiça e a caridade”.
“Todos
os homens e todos os povos têm fome e sede de paz, por isso é
necessário e urgente construir a paz”, apelou.
O
Papa definiu que a paz “não é apenas ausência de guerra”, mas
uma “condição geral na qual a pessoa humana está em harmonia
consigo, com a natureza e com os outros”.
Francisco
convidou a “fazer a paz” na família, na comunidade, no emprego,
com “pequenos gestos, que têm muito valor”.
O
Angelus concluiu-se com uma oração à Virgem Maria, “Rainha da
Paz”: “A Maria, nossa terna mãe, peçamos que indique ao mundo
inteiro o caminho seguro do amor e da paz”.
Após
a oração do Angelus, o Papa deixou a todos os presentes votos de um
2015 vivido “na paz e na serenidade”.
Fonte:
Canção Nova
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