Mensagem
do Papa para Dia Mundial das Comunicações Sociais 2015 foi
apresentada hoje pelo Vaticano; no tema central, a família
Jéssica
Marçal
Da
Redação
Papa
saúda família na Praça São Pedro, no Vaticano / Foto: Arquivo –
L’Osservatore Romano
O
Vaticano publicou nesta sexta-feira, 23, a mensagem do Papa Francisco
para o Dia Mundial das Comunicações Sociais que, neste ano, será
celebrado em 17 de maio.
A
mensagem tem como tema “ Comunicar a família: ambiente
privilegiado do encontro na gratuidade do amor”. Trata-se de uma
escolha do Papa de colocar a data comemorativa em sintonia com o
processo sinodal sobre família, que se conclui em outubro desse ano.
“A
família é o primeiro lugar onde aprendemos a comunicar”, escreve
o Papa, destacando que a família tem a capacidade de ser comunicada
e comunicar e, além disso, de transmitir a forma fundamental de
comunicação: a oração.
“A
maioria de nós aprendeu, em família, a dimensão religiosa da
comunicação, que, no cristianismo, é toda impregnada de amor, o
amor de Deus que se dá a nós e que nós oferecemos aos outros”.
O
Santo Padre reconhece que não existe família perfeita, mas é
preciso aprender a lidar com a imperfeição de forma construtiva.
“Uma criança que aprende, em família, a ouvir os outros, a falar
de modo respeitoso, expressando o seu ponto de vista sem negar o dos
outros, será um construtor de diálogo e reconciliação na
sociedade”.
Francisco
menciona ainda na mensagem o caso de famílias que têm filhos com
alguma deficiência, seja ela motora, sensorial ou intelectual. Nessa
realidade, ele diz que há a tentação de fechar-se, mas o amor dos
pais, irmãos e amigos pode ser um estímulo à abertura, a comunicar
de modo inclusivo.
Meios
modernos: dificultar e auxiliar
Os
meios modernos de hoje podem tanto ajudar como dificultar a
comunicação em família, diz o Papa. Dificultam quando se tornam
uma forma de isolamento, mas podem favorecer quando ajudam a
permanecer em contato com os de longe, agradecer e pedir perdão,
tornando possível o encontro.
“Descobrindo
diariamente este centro vital que é o encontro, este ‘início
vivo’, saberemos orientar o nosso relacionamento com as
tecnologias, em vez de nos deixarmos arrastar por elas”.
O
Papa também aborda o modo como os meios de comunicação social
falam da família. Muitas vezes, apresentam-na como um modelo
abstrato a aceitar ou rejeitar, e não como uma realidade concreta a
ser vivida.
“A
família mais bela, protagonista e não problema, é aquela que,
partindo do testemunho, sabe comunicar a beleza e a riqueza do
relacionamento entre o homem e a mulher, entre pais e filhos. Não
lutemos para defender o passado, mas trabalhemos com paciência e
confiança, em todos os ambientes onde diariamente nos encontramos,
para construir o futuro”, conclui o Papa.
Fonte:
Canção Nova
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