O
processo de beatificação e canonização do padre Júlio Maria
de Lombaerde será aberto oficialmente no próximo sábado, 24, em
Minas Gerais
CNBB
Terá
início dia 24 de janeiro a fase diocesana do processo de
beatificação e canonização do padre Júlio Maria de Lombaerde,
missionário belga naturalizado brasileiro. O bispo diocesano de
Caratinga (MG), Dom Emanuel Messias de Oliveira, é o responsável
pelo início do processo.
O
ato jurídico pelo qual se dá início ao processo ocorrerá em
Manhumirim, zona da mata mineira, às 20h do dia 24, na Matriz Bom
Jesus. Já no domingo, 25, uma Missa será celebrada em ação de
graças na Igreja Matriz da cidade, às 9h.
Após
o início do processo, haverá o longo e delicado trabalho das
comissões que levantarão dados sobre a santidade do candidato, bem
como a retidão de suas ações e pregações. Uma vez concluído o
trabalho, os documentos serão enviados à Roma, quando se iniciará
a próxima fase. Aprovados os documentos, será necessária a
comprovação de dois milagres: um para a beatificação e outro para
a canonização.
Entenda
como acontece o processo de canonização
Simpósio
de estudos
Antes
do início formal, nos dias 22 e 23 será realizado um simpósio de
estudos, com palestras e oficinas sobre temáticas referentes à vida
e obra do padre Júlio Maria. São esperados participantes de várias
regiões de Minas Gerais e também de diversos estados do país, como
Amapá, Amazonas, Alagoas, Ceará, Pernambuco, Piauí, Espírito
Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Mato Grosso.
Biografia
Padre
Júlio Maria de Lombaerde nasceu na Bélgica em 1878. Durante os 32
anos em que residiu no Brasil, o sacerdote morou por 16 anos nas
regiões norte e nordeste, e os outros 16, em Minas Gerais.
Nestes
locais, o padre iniciou amplos movimentos de animação da Igreja
Católica. Foi conferencista aclamado pela crítica eclesiástica e
civil e fundou três congregações religiosas: Filhas do Coração
Imaculado de Maria, Missionários de Nossa Senhora do Santíssimo
Sacramento e Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora. Por meio das
congregações, o bem iniciado pelo padre se espalhou pelo Brasil
afora.
Além
disso, padre Júlio Maria escreveu quase uma centena de livros sobre
temas religiosos. É fundador da Gráfica e Editora O Lutador, com
sede em Belo Horizonte e seu periódico “O Lutador” circula,
ininterruptamente, há quase 90 anos.
O
religioso também foi propulsor do desenvolvimento social das cidades
pelas quais passou. Em Macapá (AP), onde iniciou sua missão no
Brasil, foi professor, médico e farmacêutico, e fundou escolas e
bandas de música para os jovens. Em Manhumirim, foi o construtor do
Ginásio Pio XI (obra marcante da arquitetura da cidade, em harmonia
com o Seminário Apostólico e a Matriz), do Colégio Santa
Teresinha, do Patronato Agrícola Santa Maria (que ainda hoje acolhe
criança em situação de vulnerabilidade social), do Asilo São
Vicente de Paulo e do Hospital São Vicente (atualmente Hospital Pe.
Júlio Maria).
Fonte:
Canção Nova
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