Francisco
referiu-se ao trabalho de Instituto Pontifício que promove o diálogo
islâmico-cristão; segundo o Papa, escuta e diálogo são essenciais
Jéssica
Marçal
Da
Redação
Francisco
destaca importância da escuta no diálogo inter-religioso, também
com fiéis do Islã / Foto: Arquivo – L’Osservatore Romano
O
Papa Francisco recebeu em audiência na manhã deste sábado, 24, os
participantes do encontro promovido pelo Pontifício Instituto de
Estudos Árabes e Islâmicos, que completa 50 anos em Roma. Tendo em
vista a data festiva para a instituição, Francisco deixou seus
votos de que ela nunca traia a tarefa primária da escuta e do
diálogo.
No
discurso, Francisco enfatizou a necessidade de escuta e de adequada
formação para que, firmes na própria identidade, seja possível
crescer no conhecimento recíproco. Ele também reiterou a
importância do encontro, que está no início do diálogo.
“Se,
de fato, se parte do pressuposto da comum pertença à natureza
humana,é possível superar os preconceitos e a falsidade e começar
a compreender o outro segundo uma perspectiva nova”.
Esta
é a direção seguida pelo Pontifício Instituto de Estudos Árabes
e Islâmicos. Os 50 anos da Instituição em Roma demonstram, segundo
o Papa, o quanto a Igreja compreendeu a necessidade de um instituto
dedicado à pesquisa e formação de operadores do diálogo com os
muçulmanos.
“Talvez
agora mais do que nunca se sinta essa necessidade, porque o antídoto
mais eficaz contra toda forma de violência é a educação para a
descoberta e a aceitação da diferença como riqueza e fecundidade”,
disse o Papa.
Francisco
destacou ainda que o diálogo islâmico-cristão exige paciência e
humildade que acompanham um estudo aprofundado. Ele defendeu que haja
empenho contínuo e uma preparação específica que não se limite à
análise sociológica, mas tenha as características de um caminho
entre pessoas pertencentes a religiões que, embora de formas
diversas, se referem à paternidade espiritual de Abraão.
O
encontro promovido pelo referido instituto teve como tema “Estudar
e compreender a religião do outro”. As reflexões começaram na
quinta-feira, 22, e se encerram hoje.
Fonte:
Canção Nova
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