Neste
Domingo de Ramos, 29, Papa Francisco cita que o verdadeiro caminho de
Deus é o da humildade e que não há outra estrada de Jesus a
não ser essa
Da
redação, com Rádio Vaticano
Papa
Francisco presidiu à celebração eucarística neste Domingo de
Ramos, 29, na Praça São Pedro / Foto: Rádio Vaticano
Neste
Domingo de Ramos, 29, que marca o início da Semana Santa, o Papa
Francisco presidiu à celebração eucarística na Praça São Pedro,
com a participação de milhares de fiéis. A cerimônia teve início
com a bênção dos ramos, que recordam a entrada triunfal de Jesus
em Jerusalém, seguida da procissão.
O
Papa citou em sua homilía um trecho do hino da Carta aos Filipenses,
que diz “Humilhou-Se a Si mesmo”. Para Francisco, esta palavra
desvenda o estilo de Deus e do cristão: a humildade.
“Um
estilo que nunca deixará de nos surpreender e pôr em crise: jamais
nos habituaremos a um Deus humilde! Humilhar-se é, antes de mais
nada, o estilo de Deus. Deus humilha-Se para caminhar com o seu povo,
para suportar as suas infidelidades.”
O
Pontífice acrescenta dizendo que esta Semana que nos leva à Páscoa
só será Santa se caminharmos por esta estrada da humilhação de
Jesus.
“Nestes
dias, ouviremos o desprezo dos chefes do seu povo e as suas intrigas
para O fazerem cair. Assistiremos à traição de Judas. Veremos o
Senhor ser preso, condenado à morte, flagelado e ultrajado.
Ouviremos que Pedro, a “rocha” dos discípulos, O negará três
vezes. Ouviremos os gritos da multidão, que pedirá a Sua
crucificação. E O veremos coroado de espinhos.”
Francisco
prossegue observando que este é o caminho de Deus, o caminho da
humildade e que não há outra estrada de Jesus a não ser essa. “Não
existe humildade sem humilhação”.
O
Santo Padre explica ainda que humildade quer dizer serviço,
significa dar espaço a Deus despojando-se de si mesmo,
esvaziando-se. “Esta é a maior humilhação.”
O
caminho do mundanismo
Francisco
frisou que o mundanismo é o caminho contrário ao de Cristo. “O
mundanismo oferece-nos o caminho da vaidade, do orgulho, do sucesso.
É o outro caminho. O maligno o propôs também a Jesus, durante os
quarenta dias no deserto, mas Ele rejeitou-o sem hesitação. Com
Cristo, também nós podemos vencer esta tentação, não só nas
grandes ocasiões mas também nas circunstâncias ordinárias da
vida.”
O
Papa deu como exemplo tantos homens e mulheres que cada dia, no
silêncio e escondidos, renunciam a si mesmos para servir um familiar
doente, um idoso sozinho ou uma pessoa deficiente.
Ao
finalizar sua reflexão, o Santo Padre citou a humilhação daquelas
pessoas que, por sua conduta fiel ao Evangelho, são discriminadas e
perseguidas, definindo-as os mártires de hoje, pois suportam com
dignidade insultos e ultrajes para não renegar Jesus.
“Com
eles, emboquemos também decididamente esta estrada, com tanto amor
por Ele, o nosso Senhor e Salvador. Será o amor a guiar-nos e a
dar-nos força e onde Ele estiver, estaremos também nós”,
conclui.
Fonte:
Canção Nova
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