Jovem,
idosa e casal fizeram perguntas ao Papa sobre desafios atuais;
Francisco respondeu espontaneamente e encorajou a harmonia entre
juventude e velhice
Jéssica
Marçal
Da Redação
Da Redação
O
último compromisso do Papa Francisco em Nápoles neste sábado, 21,
foi o encontro com os jovens. O Santo Padre encorajou-os a seguirem
adiante com esperança e sempre junto com os idosos, pois estes são
a sabedoria de um povo.
“Um
povo que não cuida dos idosos e dos jovens não tem futuro”, disse
o Papa ao se despedir da cidade italiana. Pouco antes, ele tinha
respondido a três perguntas, que em geral indagavam sobre a
esperança no futuro, o cuidado com os jovens e os desafios da
família.
A
primeira pergunta foi feita por uma jovem, que questionou o Papa
sobre como é possível plantar sementes de esperança em meio a
tantas dificuldades que se vive hoje. Francisco disse que não há
uma receita, mas indicou um caminho: a crença no Deus que é o Deus
das palavras, dos gestos e do silêncio.
“Existem
alguns silêncios de Deus que não têm explicação se você não
buscar a resposta no Crucifixo”, afirmou.
Já
uma senhora de 95 anos apresentou a realidade de abandono dos idosos,
tantas vezes descartados pela sociedade. Francisco lembrou que
“descartável” é um termo-chave na sociedade atual, acostumada a
se desfazer do que não tem utilidade.
“O
afeto é o remédio mais importante para o idoso”, disse Francisco,
lembrando que todos precisam de afeto, mais ainda quando os anos
passam. Ele também convidou os filhos que têm pais idosos a fazerem
um exame de consciência e a estarem cientes de que vão colher
aquilo que semearem.
Na
última pergunta, um casal que tem 31 anos de matrimônio falou ao
Papa sobre a preocupação com os desafios que a família enfrenta
hoje. Que a família está em crise, isso é um fato, disse o Papa,
lembrando que Deus inspirou a convocação do Sínodo da Família,
que terá sua segunda etapa em outubro próximo e busca justamente
refletir sobre essa situação.
Há
quem se case por um simples fato social, disse o Papa, ressaltando
que a preparação para o matrimônio deve começar em casa, já que
o casamento não é um curso do tipo “virem esposos em oito aulas”.
Francisco
disse não ter uma “receita” para resolver tais questões, mas
voltou a aconselhar o casal a jamais terminar o dia sem fazer as
pazes, além de dar testemunho e rezar unido.
Fonte:
Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário