No
Angelus deste domingo, 8, o Papa Francisco diz que Jesus faz “a
limpeza” não com o chicote, mas com a misericórdia e com o amor
Da
redação, com Rádio Vaticano
“O
Senhor se sente verdadeiramente a casa na nossa vida? Permito-lhe
fazer ‘limpeza’ no meu coração e expulsar os ídolos, isto é,
as atitudes de ganância, inveja, mundanismo, aquelas atitudes de
fofocar e prejudicar os outros? Permito-lhe fazer limpeza dos
comportamentos contra Deus e contra o próximo?”. Essas foram as
perguntas feitas pelo Papa Francisco, neste domingo, 8, a toda
multidão que estava na praça de São Pedro, no Vaticano.
O
Papa destaca que no tempo da Quaresma, as pessoas se preparam para a
celebração da Páscoa, momento que se renova as promessas do
Batismo.
Sua
reflexão baseia-se no episódio evangélico da expulsão dos
vendedores do templo. O Papa diz que Jesus faz “a limpeza” não
com o chicote, mas com a misericórdia, com o amor. Ele pede para que
as pessoas abram a porta do coração para que “Jesus faça um
pouco de limpeza”.
O
Pontífice definiu a expulsão dos vendedores do templo como “um
gesto profético” e disse que a mensagem dada naquela ocasião por
Jesus se compreende plenamente à luz da sua Páscoa.
“Temos
aqui, de acordo com João, o primeiro anúncio da morte e
ressurreição de Cristo: seu corpo, destruído na cruz pela
violência do pecado, se tornará na Ressurreição o lugar de
encontro universal entre Deus e os homens. E Cristo Ressuscitado é
precisamente o lugar do encontro universal entres Deus e os homens”,
disse.
O
Santo Padre acrescenta dizendo que a humanidade é o verdadeiro
templo onde Deus se revela, fala e se faz conhecer. “Os verdadeiros
adoradores de Deus não são os guardiões do templo material, os
detentores do poder e do conhecimento religioso, mas aqueles que
adoram a Deus em espírito e em verdade” (Jo 4,23).
O
Papa destaca que no tempo da Quaresma, as pessoas se preparam para a
celebração da Páscoa, momento que se renova as promessas do
Batismo. Ele pede para que todos caminhem como Jesus e façam da
existência um sinal de Seu amor pelos irmãos, especialmente os
fracos e os mais pobres. “Vamos construir para Deus um templo em
nossas vidas. E, assim, O tornamos ‘ao alcance’ de tantas pessoas
que encontramos no nosso caminho”.
O
Pontífice recordou que cada Eucaristia que celebramos com fé
nos faz crescer como templo vivo do Senhor, graças à comunhão com
o seu Corpo, crucificado e ressuscitado. “Jesus conhece o que está
em cada um de nós, e conhece também o nosso mais ardente desejo: de
ser habitado por Ele, só por Ele”.
Antes
de conceder a Benção Apostólica, o Santo Padre pediu a Maria
Santíssima que acompanhe e sustente a todos no itinerário
quaresmal, para que possam redescobrir a beleza do encontro com
Cristo, que liberta e salva.
Fonte:
Canção Nova
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