Santo
Padre falou do abandono e da rejeição que atingem tantas crianças
no mundo, roubando-lhes a infância e o futuro
Jéssica
Marçal
Da Redação
Da Redação
Francisco
sempre manifesta proximidade e carinho com as crianças / Foto:
Arquivo – L’Osservatore Romano
O
Papa Francisco retomou, nesta quarta-feira, 8, o ciclo de catequeses
sobre família, após a reflexão da semana passada sobre o Tríduo
Pascal por ocasião da Semana Santa. O Pontífice voltou a falar das
crianças, mas, desta vez, sob uma perspectiva triste: a realidade da
rejeição, do abandono, de crianças que têm sua infância e seu
futuro roubados.
Diante
dessas tristes realidades, o Papa lembrou que as pessoas costumam
dizer que foi um erro ter trazido as crianças ao mundo, uma atitude
que é vergonhosa. “Não descarreguemos sobre as crianças as
nossas culpas, por favor! As crianças nunca são um erro”.
Segundo
Francisco, a fome das crianças, a falta de escola para tantas delas,
sua pobreza e fragilidade são motivos para que elas sejam amadas com
mais generosidade ainda. Ele disse que cada criança marginalizada é
um grito que se eleva a Deus e que acusa o sistema que os adultos
construíram. Mesmo nos países ricos, as crianças vivem tantas
situações difíceis por causa da crise da família, dos vazios
educativos e das condições de vida às vezes desumanas.
“Em
todo caso, são infâncias violadas no corpo e na alma. Mas nenhuma
dessas crianças é esquecida pelo Pai que está nos céus! Nenhuma
das lágrimas delas seja perdida! Como não deve ser perdida a nossa
responsabilidade, a responsabilidade social das pessoas, de cada um
de nós e dos países”.
O
Pontífice destacou ainda que, muitas vezes, as crianças sofrem com
as consequências de uma vida baseada no trabalho precário e também
acabam pagando o preço por “uniões imaturas” e “separações
irresponsáveis”.
Em
meio aos problemas sofridos por tantas crianças, a Igreja coloca sua
maternidade a serviço delas e de suas famílias, disse Francisco.
Ele convidou os fiéis a pensarem como seria uma sociedade que se
baseasse neste princípio: “É verdade que somos imperfeitos e
cometemos muitos erros. Mas quando se trata de crianças que veem ao
mundo, qualquer sacrifício dos adultos não será julgado exagerado
se isso fizer com que nenhuma criança se sinta um erro ou sem
valor”.
Uma
sociedade assim, segundo o Papa, seria bela e teria muitos dos seus
erros perdoados.
Fonte:
Canção Nova
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