Na
homilia, Dom Odilo Scherer afirma que Jesus é apresentado
como o verdadeiro pão que dá vida ao mundo e recorda os 50 anos do
Concílio Ecumênico Vaticano II
Monique
Coutinho
Da redação
Da redação
A
homilia da Santa Missa da 53ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil,
celebrada na manhã desta terça-feira, 21, foi presidida pelo
Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, no
Santuário Nacional de Aparecida (SP).
No
início da reflexão, Dom Odilo recorda o martírio de Estêvão,
citado na Liturgia do dia,
que foi testemunha de Jesus Cristo até o sangue. “Ele [Estêvão]
que com palavras fortes, chamou a fé aqueles que não queriam crer
em Jesus Cristo diante de todos os sinais já realizados e mesmo
depois da ressurreição de Jesus”.
O
Cardeal afirma ser dramática, na primeira leitura, a cena que narra
os Atos dos Apóstolos sobre a rejeição, a condenação a
morte e a execução de Estêvão, e cita os “mártires” dos dias
atuais, aqueles que morrem silenciosamente jogados ao mar,
decapitados, queimados vivos e mortos de fome, não podendo proclamar
a sua fé em Jesus Cristo.
“Os
mártires de hoje proclamam mesmo silenciosamente, no meio de tantos
sofrimentos, a mesma fé de Estêvão”.
No
Evangelho, Dom Odilo afirma que Jesus é apresentado como o
verdadeiro pão que dá vida ao mundo e observa que as pessoas pedem
para serem alimentados, mas não percebem que este pão é o próprio
Jesus. “Pão não é simplesmente aquele que mata a fome do corpo.
Jesus disse: Eu Sou este pão, quem crê em mim não terá mais sede,
quem vem a mim não terá mais fome.
De
maneira especial, o cardeal recorda que hoje celebra os 50 anos do
Concílio Ecumênico Vaticano II. Ele declara que esta reunião não
pode ser lembrada como um fato do passado, como se fosse um momento
histórico que se distancia cada vez mais. “O concílio permanece
como uma tarefa sempre atual, é nossa constante tarefa hoje (…)
acolher, assimilar e interpretar de maneira criativa o concílio
diante das novas realidades”.
Segundo
o Papa São João XXIII, a principal finalidade do concílio é
conservar e propor de maneira mais eficaz o depósito da doutrina
cristã, de acordo com as exigências da atualidade, promovendo a
unidade dos cristãos e de toda a família humana. Portanto, continua
muito atual e viva essa missão da Igreja.
Ao
concluir sua reflexão, Dom Odilo diz que o concílio encerrou-se a
50 anos e que agora é tarefa da Igreja e que não apenas foi tarefa
dos padres conciliares. “Peçamos pois ao Espírito Santo, que nos
ilumine e fortaleça para manter viva a esperança que o concílio
trouxe e que saibamos continuar a suscitar também em nossos dias,
abundantes frutos para a vida da igreja e para a vida do mundo”.
Fonte:
Canção Nova
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