Papa
destacou que a exclusão não é uma atitude cristã, pelo contrário,
é a raiz de todas as guerras; cristãos não fecham as portas a
ninguém
Da
Redação, com Rádio Vaticano
Francisco
na Casa Santa Marta, onde celebra para um pequeno grupo de fiéis /
Foto: L’Osservatore Romano
Na
Missa desta quinta-feira, 5, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco
falou sobre inclusão e exclusão. Ele explicou que o cristão é uma
pessoa que inclui, não fecha as portas a ninguém, mesmo se isso
provoca resistências. Ao contrário, quem exclui os outros gera
conflitos e divisões e terá que prestar contas um dia diante do
tribunal de Deus.
Francisco
comentou a Carta aos Romanos, em que São Paulo exorta a não julgar
e a não desprezar o irmão, porque isto leva à exclusão, atitude
que não é cristã. Cristo, com o seu sacrifício no Calvário, une
e inclui todos os homens na salvação.
“Existem
dois caminhos na vida: o caminho da exclusão das pessoas da nossa
comunidade e o caminho da inclusão. O primeiro pode ser pequeno, mas
é a raiz de todas as guerras: todas as calamidades, todas as
guerras, começam com uma exclusão. Exclui-se da comunidade
internacional, mas também das famílias, entre os amigos, quantas
brigas… E o caminho que Jesus nos mostra e nos ensina é contrário
ao outro: incluir”.
O
Papa admitiu que a inclusão não é tarefa fácil, pois há
resistência e uma atitude seletiva. Por isso, Jesus conta duas
parábolas: a da ovelha perdida e a da mulher que perde uma moeda.
Tanto o pastor, quanto a mulher fazem de tudo para encontrar aquilo
que perderam. E quanto conseguem, se enchem de alegria.
“Estão
alegres porque encontraram aquilo que estava perdido e vão até os
amigos, os vizinhos, porque estão muito felizes: ‘Encontrei,
incluí’. Isto é a inclusão de Deus, é contra a exclusão de
quem julga, que expulsa o povo, as pessoas… ‘não, este não,
aquele não…’ e constrói um pequeno círculo de amigos que é o
seu ambiente. É a dialética entre exclusão e inclusão. Deus
incluiu nós todos na salvação, todos! Este é o início. Nós, com
nossas fraquezas, com nossos pecados, com nossas invejas e ciúmes,
temos sempre esta atitude de excluir que – como disse – pode
terminar em guerra”.
Francisco
pediu que os fiéis não julguem mais os outros e não tenham essa
atitude de exclusão. “Se eu excluir, quando estiver diante do
tribunal de Deus deverei prestar contas de mim mesmo. Peçamos a
graça de sermos homens e mulheres que incluem sempre… na medida da
sã prudência, mas sempre. Não fechar as portas a ninguém, sempre
com o coração aberto: “Gosto, não gosto, mas com o coração
aberto. Que o Senhor nos dê esta graça”.
Fonte:
Canção Nova
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