Na Missa de hoje, Francisco destacou que Jesus chora por ver que o mundo rejeitou o caminho da paz e preferiu fazer a guerra
Da
Redação, com Rádio Vaticano
Papa
celebra Missas na Casa Santa Marta desde o início de seu
pontificado / Foto: Arquivo- L’Osservatore Romano
Na
Missa desta quinta-feira, 19, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco
falou do cenário de guerras no mundo e de como isso entristece
Jesus. Segundo o Papa, não há justificativa para a guerra, os
conflitos são uma rejeição ao caminho de paz e Jesus chora por
essa situação.
O
Santo Padre comentou o Evangelho de Lucas, em que Jesus se comove e
chora sobre Jerusalém. Jesus se aproximou, e quando viu a cidade,
começou a chorar. Depois diz: “Se também você compreendesse hoje
o caminho da paz! Agora, porém, isso está escondido aos seus
olhos”. Na Missa de hoje, Francisco repetiu as palavras de Jesus:
“Mas
também hoje, Jesus chora. Porque nós preferimos o caminho das
guerras, o caminho do ódio, o caminho das inimizades. Estamos
próximos ao Natal: teremos luzes, festas, árvores luminosas e
presépio. Tudo falso: o mundo continua fazendo guerras. O mundo não
entendeu o caminho da paz”.
Francisco
recordou as celebrações recentes sobre a II Guerra Mundial, as
bombas de Hiroshima e Nagasaki, a sua visita
a Redipuglia no
ano passado para o aniversário da Grande Guerra. “Tragédias
inúteis”, repetiu o Papa usando as palavras de Bento XVI. “Em
todo lugar existe guerra, hoje, existe ódio. O que permanece de uma
guerra, desta, que estamos vivendo agora?, questionou o Papa, dando
ele mesmo a resposta.
“O
que resta? Ruínas, milhares de crianças sem educação, tantos
mortos inocentes: tantos!, e muito dinheiro nos bolsos dos
traficantes de armas. Jesus disse uma vez: ‘Você não pode servir
a dois senhores: ou Deus ou as riquezas’. A guerra é a escolha
pelas riquezas: ‘Vamos construir armas, assim a economia vai
equilibrar um pouco, e vamos continuar com os nossos interesses’’.
“Há
uma palavra feia do Senhor: ‘Malditos’. Porque Ele disse:
‘Bem-aventurados os pacificadores!’. Estes que trabalham a
guerra, que fazem as guerras, são malditos, são criminosos. Uma
guerra pode ser justificada – entre aspas – com muitas, muitas
razões. Mas quando todo o mundo, como é hoje, está em guerra, todo
o mundo: é uma guerra mundial em pedaços: aqui, ali, lá, em todos
os lugares … – não há nenhuma justificação. E Deus chora.
Jesus chora”, acrescentou o Papa.
Enquanto
os traficantes de armas fazem seu trabalho, Francisco lembrou a
situação dos pobres pacificadores que dão a vida para ajudar
apenas uma pessoa. Como exemplo, ele citou Madre Teresa de Calcutá.
Aos olhos do cinismo dos poderosos
“Fará
bem também a nós pedir a graça das lágrimas, por este mundo que
não reconhece o caminho da paz. Quem vive para fazer a guerra, com o
cinismo de dizer para não fazê-la. Peçamos a conversão do
coração. Precisamente às portas deste Jubileu da Misericórdia,
que o nosso júbilo, a nossa alegria sejam a graça que o mundo
reencontre a capacidade de chorar pelos seus crimes, por aquilo que
faz com as guerras”.
Fonte:
Canção Nova
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