Papa destacou que hoje há muitos obstáculos para o convívio familiar, mas é preciso encontrar um modo de recuperá-lo
Jéssica
Marçal
Da Redação
Da Redação
Papa
Francisco pede que não haja “silêncio do egoísmo” quando
família estiver reunida à mesa / Foto: Reprodução CTV
Na
catequese de hoje, o Papa Francisco se dedicou ao tema do
convívio familiar, ou seja, ao hábito que se aprende, desde
cedo, de partilhar os bens da vida. Segundo Francisco, essa é uma
virtude preciosa, que tem como símbolo a reunião da família em
volta da mesa para uma refeição.
“A
partilha do alimento e, além disso, de afetos, histórias,
acontecimentos, é uma experiência fundamental”, disse o Papa,
acrescentando que o convívio é um termômetro seguro para mensurar
a saúde das relações. Se a família não conversa à mesa, por
exemplo, porque seus membros estão ligados à televisão ou ao
celular, ela é “pouco família”, afirmou.
Francisco
explicou que o cristianismo tem uma vocação especial à
sociabilidade. Participando da Eucaristia, por exemplo, a família é
purificada da tentação de se fechar em si mesma e alarga os confins
da própria fraternidade segundo o coração de Cristo.
Essa
sociabilidade gerada na família e ampliada pela Eucaristia, disse o
Papa, se torna uma oportunidade crucial tendo em vista os fechamentos
e muros dos dias de hoje. Isso porque a Eucaristia e as famílias por
ela alimentada podem vencer os fechamentos e construir pontes de
acolhimento e de caridade. “Não há pequenos, órfãos, frágeis,
feridos e desiludidos, desesperados e abandonados que o convívio
eucarístico das famílias não possa alimentar”.
O
Santo Padre reconheceu que hoje em dia há muitos obstáculos para o
convívio familiar, mas é preciso encontrar um modo de recuperá-lo.
“À mesa se fala, à mesa se escuta. Nada de silêncio, aquele
silêncio que não é silêncio dos monges, é o silêncio do
egoísmo: cada um tem ou a sua televisão ou o seu computador…e não
se fala. Não, nada de silêncio”.
Como
exemplo, o Papa recomendou que se observe o banquete eucarístico:
não há divisão que possa resistir a esse sacrifício de comunhão.
“Rezemos para que esse convívio familiar possa crescer e
amadurecer no tempo de graça do próximo Jubileu da Misericórdia”.
Fonte:
Canção Nova
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