O Papa Francisco celebrou a Missa na Casa Santa Marta e disse que onde está Jesus, não há lugar para a mundanidade nem para a corrupção
Da
redação, com Rádio Vaticano
Nesta
sexta-feira, 20, o Papa Francisco celebrou a Santa Missa na Casa
Santa Marta, no Vaticano.
A
sua homilia partiu da primeira leitura extraída do Livro dos
Macabeus, que narra a alegria do povo pela reconsagração do Templo
profanado pelos pagãos e pelo espírito mundano.
O
Papa comentou a vitória dos que foram perseguidos pelo pensamento
único. O povo de Deus festeja, porque reencontra “a própria
identidade”.
“A
festa é algo que a mundanidade não sabe fazer, não pode fazer. O
espírito mundano nos leva, no máximo, a nos divertir um pouco, a
fazer um pouco de barulho, mas a alegria vem somente da fidelidade à
Aliança”, explica.
No
Evangelho, Jesus expulsa os mercantes do Templo, dizendo: “Está
escrito: a minha casa será casa de oração. Vocês, ao invés,
fizeram um covil de ladrões”. Assim como durante a época dos
Macabeus o espírito mundano tinha tomado o lugar da adoração ao
Deus Vivo.
Agora,
isso acontece de outra maneira. “Os chefes do Templo, os chefes dos
sacerdotes e os escribas tinham mudado um pouco as coisas. Entraram
num processo de degradação e tornaram o Templo ‘sujo’. Sujaram
o Templo. O Templo é um ícone da Igreja. A Igreja sempre sofrerá a
tentação da mundanidade e a tentação de um poder que não é
poder que Jesus Cristo quer para ela”, ressalta.
Francisco
acrescenta dizendo que Jesus não disse: ‘Não, isso não se faz.
Façam fora’, mas disse: ‘Vocês fizeram um covil de ladrões
aqui’. E quando a Igreja entra neste processo de degradação, o
fim é muito feio. Muito feio!.
Perigo da corrupção
“Sempre
há na Igreja a tentação da corrupção. É quando a Igreja, em vez
de ser apegada à fidelidade ao Senhor Jesus, ao Senhor da paz, da
alegria, da salvação, quando em vez de fazer isto, é apegada ao
dinheiro e ao poder. Isso acontece aqui, neste Evangelho. Estes são
os chefes dos sacerdotes, estes escribas eram apegados ao dinheiro,
ao poder e esqueceram o espírito.”
E
para se justificarem e dizer que eram justos e bons – acrescenta o
Santo Padre – trocaram o Espírito de liberdade do Senhor pela
rigidez. “E Jesus, no capítulo 23 de Mateus, fala desta rigidez.
As pessoas tinham perdido o sentido de Deus, assim como a capacidade
de ser alegres, também a capacidade de louvar. Não sabiam louvar a
Deus, porque eram apegadas ao dinheiro e ao poder, a uma forma de
mundanidade, como o outro no Antigo Testamento”.
Escribas e sacerdotes ficam com raiva de Jesus
O
Pontífice prossegue sua homilia afirmando que Jesus não expulsava
do Templo os sacerdotes, os escribas, mas expulsava estes que faziam
negócios, os mercantes do Templo, mas os chefes dos sacerdotes e dos
escribas tinham ligações com eles, havia a ‘santa propina’ lá.
“Recebiam
deles, eram apegados ao dinheiro e veneravam esta ‘santa’. O
Evangelho é muito forte. Os chefes dos sacerdotes e os escribas
tentavam matar Jesus e assim também os chefes do povo. A mesma coisa
que acontecera nos tempos de Judas, o Macabeu. E por que? Por este
motivo. Mas não sabiam o que fazer, porque todo o povo seguia suas
palavras.”
A
força de Jesus era a sua palavra o seu testemunho, o seu amor,
acrescenta o Papa. “Onde está Jesus, não há lugar para a
mundanidade, não há lugar para a corrupção. E esta é a luta de
cada um de nós, esta é a luta cotidiano da Igreja: sempre
Jesus, sempre com Jesus, sempre seguindo suas palavras e jamais
procurar seguranças onde existem outras coisas e um outro patrão.
Jesus nos havia dito que não se pode servir a dois patrões: ou Deus
o as riquezas; ou Deus ou o poder”.
Ao
concluir, o Santo Padre diz que fará bema todos rezar pela Igreja e
pensar nos tantos mártires de hoje que, para não entrar neste
espírito de mundanidade, de pensamento único, de apostasia, sofrem
e morrem.
“Hoje
existem mais mártires na Igreja que nos primeiros dias. Pensemos.
Nos fará bem pensar neles. E também pedir a graça de jamais entrar
neste processo de degrado em direção à mundanidade que nos leva ao
apego ao dinheiro e ao poder”.
Fonte:
Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário