O Papa Francisco afirmou que a força do reino de Cristo é o amor e por isto, a realeza de Jesus não oprime, mas liberta das fraquezas e misérias
Da
redação, com Rádio Vaticano
Neste
domingo, 22, milhares de fiéis rezaram com o Papa Francisco o
Angelus em Roma, capital italiana.
Na
Praça São Pedro, antes da oração mariana, o Papa recordou a
solenidade de Cristo Rei do Universo. Francisco disse que o Evangelho
nos faz contemplar Jesus enquanto se apresenta a Pilatos como rei de
um reino que “não é deste mundo”.
“Isto
não significa que Cristo seja rei de um outro mundo, mas que é rei
de outro modo, mas é rei deste mundo”, explicou, acrescentando que
se trata de uma contraposição entre duas lógicas. A lógica
mundana se fundamenta na ambição e na competição, combate com as
armas do medo, da chantagem e da manipulação das consciências. A
lógica evangélica, ao invés, se expressa na humildade e na
gratuidade, se afirma silenciosa, mas eficazmente com a força da
verdade.
Mas
é na Cruz que Jesus se revela rei. “Mas alguém pode dizer,
‘Padre, isto foi uma falência’. Mas é justamente na falência
do pecado, das ambições humanas, que está o triunfo da Cruz, da
gratuidade do amor. Na falência da cruz se vê o amor.”
O
Papa disse ainda que falar de potência e de força para o cristão,
significa fazer referência à potência da Cruz e à força do amor
de Jesus. Se Ele tivesse descido da cruz, teria cedido à tentação
do príncipe deste mundo; ao invés, Ele não salva a si mesmo para
poder salvar os outros.
“Dizer
que Jesus deu a vida pelo mundo é verdadeiro, mas è mais bonito
dizer que Jesus deu a sua vida por mim”, afirmou Francisco, que
pediu a todos na Praça que repetissem essas palavras em seus
corações.
No
Calvário, quem entende a atitude de Cristo é o bom ladrão, um dos
malfeitores crucificados com Ele, que suplica: “Jesus, lembra-te de
mim quando vieres com teu reino”.
“A
força do reino de Cristo é o amor: por isto a realeza de Jesus não
nos oprime, mas nos liberta das nossas fraquezas e misérias,
encorajando-nos a percorrer os caminhos do bem, da reconciliação e
do perdão.”
E
mais uma vez o Papa pediu a participação dos peregrinos,
convidando-os a repetirem as palavras do bom ladrão quando nos
sentirmos fracos, pecadores e derrotados.
E
concluiu: “Diante de tantas dilacerações no mundo e das
demasiadas feridas na carne dos homens, peçamos a Nossa Senhora que
nos ampare no nosso esforço para imitir Jesus, nosso rei, tornando
presente o seu reino com gestos de ternura, de compreensão e de
misericórdia.”
Fonte:
Canção Nova
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