Segundo a AIS, encontro entre as Igrejas Católica e Ortodoxa foi sonhado pelo Papa João Paulo II
Da
redação, com Rádio Vaticano
A
fundação ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ (AIS) emitiu um comunicado
sobre as reações, na Rússia, relativas ao encontro entre o Papa
Francisco e o Patriarca de Moscou e de Todas as Rússias, Kirill, na
próxima sexta-feira, 12, em Cuba.
“Aqui
em Moscou houve uma resposta extremamente positiva ao anúncio do
encontro, até mesmo da parte da mídia local. No canal Pervyj kanal,
principal emissora televisiva do país, são transmitidas
constantemente imagens do Papa Francisco”, disse Petr Humeniuk.
O
comunicado destaca ainda que este evento significa a concretização
de um desejo do Papa João Paulo II. O responsável internacional de
Ajuda à Igreja que Sofre para os projetos na Rússia, Petr
Humeniuk, teve a oportunidade de seguir de perto o processo que
levou à realização do encontro entre o Papa Francisco e Kirill.
“Realiza-se
um sonho que João Paulo II tinha no coração. Foram necessários
vários anos e muito trabalho para realizar esse evento. Todas as
vezes que conversamos, Hilarion sempre me disse que a data se
aproximava cada vez mais”, disse Humeniuk.
AIS na Rússia e encontro entre as Igrejas
A
fundação pontifícia apoia, na Rússia, tanto a Igreja Católica
quanto a Igreja Ortodoxa, e ao mesmo tempo financia projetos de
promoção do diálogo ecumênico. Foi São João Paulo II quem pediu
ao fundador de AIS, Pe. Werenfried van Straaten, para realizar também
projetos de apoio à Igreja Ortodoxa Russa. Uma ajuda que começou no
início dos anos noventa e nunca foi interrompida, que contribuiu
para a aproximação entre Roma e Moscou.
“Este
encontro é para nós mais um incentivo a continuar na direção que
seguimos há 25 anos. Ao mesmo tempo, queremos buscar novas formas de
colaboração na base de novos horizontes que se abrirão depois de
12 de fevereiro e que dizem respeito às duas Igrejas irmãs, como
por exemplo, a batalha contra a perseguição dos cristãos e em
defesa da família.”
Segundo
Humeniuk, que tem contatos estreitos com representantes locais das
duas Igrejas, o motivo da aceleração improvisa nos tempos de
organização do encontro foi a situação dos cristãos no Oriente
Médio, como confirmam as declarações recentes do Metropolita
Hilarion, Presidente do Departamento das Relações Exteriores do
Patriarcado de Moscou.
“Numa
conferência na capital russa, Hilarion falou abertamente sobre o
genocídio dos cristãos no Oriente Médio e na África Central, e
enfatizou a necessidade de uma maior colaboração entre as Igrejas
cristãs”, explicou o responsável por AIS.
Fonte:
Canção Nova
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