“O mandamento ‘não matarás’ tem um valor absoluto e abrange tanto os inocentes como o culpado”, disse o Papa
Da
redação, com Rádio Vaticano
Após
a recitação da oração do Angelus deste domingo, 21, o Papa
Francisco referiu-se à Conferência Internacional que começa nesta
segunda-feira, 22, em Roma, com o tema “Por um mundo sem pena de
morte”. Francisco espera que este evento, promovido pela
Comunidade de Santo Egídio, possa dar um novo impulso ao compromisso
com a abolição da pena capital.
Em
particular, o Santo Padre destacou os sinais de esperança que se têm
desenvolvido, na opinião pública, de uma crescente oposição à
pena de morte, recordando que as sociedades modernas têm a
capacidade de lidar com o crime sem remover permanentemente a quem o
tenha cometido uma ‘chance’ de se redimir.
“Um
problema deve ser visto no contexto de um sistema de justiça penal
cada vez mais em linha com a dignidade humana e ao plano de Deus para
o homem e a sociedade. O mandamento ‘não matarás’ tem um valor
absoluto e abrange tanto os inocentes como o culpado” – declarou
Francisco. Ele fez um apelo aos governantes para um consenso
internacional sobre a abolição da pena de morte, em particular, aos
governantes católicos, para não executarem nenhuma sentença
durante este Ano Santo da Misericórdia.
“O
Jubileu especial da Misericórdia é uma ocasião propícia para
promover no mundo formas sempre mais maduras de respeito pela vida e
pela dignidade de cada pessoa. Mesmo o criminoso mantém o direito
inviolável à vida, dom de Deus. Faço um apelo à consciência dos
governantes, de modo que se possa alcançar um consenso internacional
para a abolição da pena de morte. E proponho àqueles que de entre
esses sejam católicos a cumprirem um gesto corajoso e exemplar: que
nenhuma sentença seja executada neste Ano Santo da Misericórdia.”
O
Papa disse ainda que todos os cristãos e pessoas de boa vontade são
chamados hoje a trabalhar não só para a abolição da pena de
morte, mas também para melhorar as condições das prisões, no
respeito pela dignidade humana das pessoas privadas de liberdade.
No
final do Angelus, o Santo Padre afirmou que este tempo da
Quaresma é um tempo favorável para fazer um caminho de conversão
que tenha como centro a misericórdia. E para isso, a exemplo do que
já aconteceu no passado, o Papa entregou aos fiéis a
“Misericordina”: um “remédio” para promover a misericórdia,
o amor, o perdão e a fraternidade.
“Por
isso, hoje, eu pensei de oferecer a vós que estão aqui na praça um
‘remédio espiritual’ chamado ‘Misericordina’. Uma caixa
contendo o Rosário e uma pequena imagem de Jesus Misericordioso”,
disse o Papa.
Fonte:
Canção Nova
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