Frei Raniero fez reflexão sobre o ecumenismo e recordou encontros célebres que marcaram a caminhada de unidade dos cristãos
Da
Redação, com Rádio Vaticano
O
Papa Francisco participou, na manhã desta sexta-feira, 18, da quinta
e última pregação de Quaresma feita pelo frei Raniero
Cantalamessa, ofm. O Pregador da Casa Pontifícia dedicou sua
reflexão à unidade dos cristãos, comentando o decreto sobre o
ecumenismo do Concílio Vaticano II, Unitatis
Redintegratio.
“Cinquenta
anos de caminho e progresso no ecumenismo estão demonstrando as
potencialidades contidas naquele texto”, disse o frade capuchinho.
As
realizações ou frutos deste documento foram de dois tipos, explicou
frei Cantalamessa. “No âmbito doutrinal e institucional, foi
constituído o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos
Cristãos; foram também lançados diálogos bilaterais com quase
todas as confissões cristãs, a fim de promover um melhor
conhecimento mútuo, um debate de posições e a superação dos
preconceitos.”
Com
este ecumenismo oficial e doutrinal, desenvolveu-se, desde o início,
um ecumenismo do encontro e da reconciliação dos corações. Neste
âmbito, o frade capuchinho destacou alguns encontros célebres que
marcaram o caminho ecumênico nestes 50 anos: o de Paulo VI com o
patriarca Atenágoras; os inúmeros encontros de João Paulo II e de
Bento XVI com os líderes de diferentes igrejas cristãs; do Papa
Francisco com o patriarca Bartolomeu, em 2014 e, mais recentemente,
com o Patriarca de Moscou, Kirill, em Cuba, que abriu um novo
horizonte para o caminho ecumênico.
“O
fato extraordinário sobre esse caminho para a unidade baseado no
amor é que ele já está escancarado diante de nós”, finalizou
Fr. Cantalamessa. “Não podemos ‘queimar etapas’ no tocante à
doutrina, porque as diferenças existem e devem ser resolvidas com
paciência nas instâncias apropriadas. Podemos, porém, ‘queimar
etapas’ na caridade e ser totalmente unidos desde já. O sinal
verdadeiro e certo da vinda do Espírito não é, como escreve Santo
Agostinho, o falar em línguas, mas o amor pela unidade”.
FONTE:
CANÇÃO NOVA
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