Na celebração penitencial abrindo as “24 horas para o Senhor”, Papa destacou a cegueira espiritual causada pelo pecado
Jéssica
Marçal
Da Redação
Da Redação
A
luz de Cristo convida a sair da cegueira tenebrosa, diz Papa em
celebração penitencial no vaticano / Foto: Reprodução CTV
Deixar-se
curar da cegueira trazida pelo pecado. Em síntese, esse foi o
convite do Papa Francisco nesta sexta-feira, 4, na celebração
penitencial que abriu as “24
horas para o Senhor”,
iniciativa de oração e confissão nesse tempo quaresmal.
A
reflexão foi a partir do Evangelho de Marcos, que relata a cura do
cego Bartimeu. Francisco destacou o valor simbólico dessa leitura,
que mostra como os fiéis de hoje são cegos como Bartimeu, só que é
uma cegueira causada pelo pecado.
“É
uma cegueira do espírito que impede de ver o essencial, fixar o
olhar no amor que dá a vida; e, aos poucos, leva a deter-se no que é
superficial até deixar insensíveis aos outros e ao bem (…)
Olhando apenas para o nosso eu, tornamo-nos cegos, amortecidos e
fechados em nós mesmos, sem alegria nem verdadeira liberdade.”,
disse.
Tudo
muda quando Jesus passa pelo cego, e assim acontece também hoje,
observou o Papa. A luz de Cristo convida a não permanecer nessa
cegueira tenebrosa, faz a pessoa se sentir necessitada de salvação
e esse é o primeiro passo para a cura do coração.
“Este
Jubileu da Misericórdia é tempo favorável para acolher a presença
de Deus, experimentar o seu amor e voltar a Ele de todo o coração.
Como Bartimeu, joguemos fora a capa e ponhamo-nos de pé, ou seja,
joguemos fora aquilo que nos impede de caminhar rapidamente para Ele”
O papel dos pastores
Se
por um lado os fiéis são chamados a se reconhecerem pecadores e
clamarem pela misericórdia de Deus, por outro os pastores precisam
escutar esse grito e rever comportamentos que não ajudam as pessoas
a se aproximarem de Jesus.
Talvez
sejam horários e programas que não atendam às necessidades, disse
o Papa, ou mesmo uma rigidez que afasta a ternura de Deus.
“Certamente não devemos diminuir as exigências do Evangelho, mas
não podemos correr o risco de frustrar o desejo que tem o pecador de
reconciliar-se com o Pai, porque o regresso do filho à casa é o que
acima de tudo anseia o Pai”.
O
Papa pediu que os pastores tenham palavras de discípulos, saibam
acompanhar os fiéis ao encontro íntimo com Deus e sejam
instrumentos que facilitem esse encontro. “Que cada homem e mulher
que se aproxime do confessionário encontre um pai, encontre um pai
que lhe espera, que encontre o Pai que perdoa”, finalizou.
Antes
da celebração, o Papa se confessou e, ao término da celebração,
colocou-se à disposição para confessar alguns fiéis na Basílica
de São Pedro.
Fonte:
Canção Nova
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