Para a celebração que dá início ao tríduo pascal, Papa vai a centro que acolhe refugiados, sobretudo jovens
Da
Redação, com Agência Ecclesia
O
Papa Francisco decidiu celebrar o rito do lava-pés, nesta
Quinta-Feira Santa, 24, com 12 refugiados, anunciou hoje a Santa Sé.
A
celebração da tarde de Quinta-feira Santa, início do Tríduo
Pascal, será no centro de solicitações de asilo de Castelnuovo di
Porto, localizado a cerca de 30 quilômetros a norte do Vaticano. A
instituição recebe, sobretudo, jovens refugiados.
O
porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse aos jornalistas
que não estão previstas quaisquer alterações no programa de
celebrações da Semana Santa, apesar dos atentados de hoje em
Bruxelas.
A
decisão de celebrar essa cerimônia fora do Vaticano já é uma
tradição no atual pontificado: em 2015, Francisco foi ao complexo
de Rebibbia, onde lavou os pés de alguns detentos e de detentas de
uma prisão feminina vizinha. Em 2014, o Pontífice deslocou-se ao
Centro ‘Santa Maria della Provvidenza’, da Fundação Don Carlo
Gnocchi, destinado à reabilitação de pessoas com deficiência e
idosos, em Roma. Em 2013, esteve em uma prisão juvenil da capital
italiana.
Uma
das mudanças promovidas pelo Papa Francisco, em nível litúrgico,
foi a decisão anunciada este ano de modificar a rubrica do Missal
Romano relativa ao lava-pés de Quinta-feira Santa, estabelecendo que
a participação
no rito não seja limitada aos homens.
A
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
(Santa Sé) publicou o decreto com que anuncia a mudança decidida
pelo Papa, que altera a prática estabelecida em 1955, aquando da
reforma da Semana Santa.
O
Missal Romano passa a deixar de fazer referência aos “homens
escolhidos”, passando a falar nos “escolhidos entre o povo de
Deus”, de maneira que os responsáveis pelas comunidades católicas
“possam escolher um grupo de fiéis que representem a variedade e a
unidade de cada porção do povo de Deus”.
“Tal
grupo pode ser composto por homens e mulheres e, convenientemente,
jovens e idosos, sãos e doentes, clérigos, consagrados, leigos”,
detalha a alteração promovida pelo Papa Francisco.
Fonte: Canção Nova
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