segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Salvação é coração humilde que se entrega a Deus, diz Papa

Francisco lembrou que a humildade salva o homem, enquanto quem não confia em Deus atrai a condenação

Da Redação, com Rádio Vaticano
Em homilia, Francisco destaca valor da humildade para a salvação / Foto: L'Osservatore Romano
Em homilia, Francisco destaca valor da humildade para a salvação / Foto: L’Osservatore Romano
Deus salva corações arrependidos, enquanto quem não confia n’Ele atrai a condenação. Foi o que reiterou o Papa Francisco em sua homilia, na Missa desta terça-feira, 16, na Casa Santa Marta.
A humildade salva o homem aos olhos de Deus, enquanto a soberba o perde. Francisco explicou que a chave de tudo está no coração: o do humilde é aberto, sabe se arrepender e aceitar uma correção, confia em Deus; já o do soberbo é arrogante, fechado e impermeável à voz do Senhor. O trecho do profeta Sofonias e o do Evangelho sugeriram ao Papa uma reflexão em paralelo. Ambos, observou, falam do “juízo” do qual dependem salvação e condenação.
A situação é a de uma cidade rebelde, onde existe um grupo que se arrepende de seus pecados: este, destacou o Papa, é o ‘povo de Deus’ que tem as três características: humildade, pobreza e confiança no Senhor. Mas na cidade há também aqueles que não aceitaram a correção, não confiaram no Senhor. Estes serão condenados.
Eles não podem receber a salvação, são fechados a ela. Quando vemos o santo povo de Deus ser humilde, ter suas riquezas na fé e no Senhor, estes são salvos e este é o caminho da Igreja! Este povo deve percorrer este caminho, e não aquele que não escuta a voz, que não aceita a correção e não confia no Senhor”.
Sinceramente arrependidos, não hipócritas
A partir do Evangelho, Francisco comentou o episódio em que dois filhos foram convidados pelo pai a trabalhar na vinha. Um se recusou, depois se arrependeu e foi; o outro aceitou, mas, na verdade, enganou o pai.
Jesus conta essa história aos chefes do povo, afirmando claramente que eles não quiseram escutar a voz de Deus por meio de João; por isso, no Reino do Céu, serão superados pelos publicanos e prostitutas. E seu escândalo, observou o Papa, é idêntico ao dos cristãos que se sentem ‘puros’ só porque vão à Missa e comungam. Deus precisa de outas coisa, afirmou o Papa.
Se o seu coração não está arrependido, se você não ouve o Senhor, não aceita a correção e não confia n’Ele, você tem um coração não arrependido. Mas esses hipócritas que se escandalizam com isso que Jesus disse sobre os publicanos e as prostitutas, mas, depois, sem segredo, vão até eles ou para desafogar suas paixões ou para fazer negócios – mas tudo em segredo – eram puros! E estes o Senhor não os quer “.
O Santo Padre ressaltou, porém, que esse julgamento dá esperança, desde que as pessoas tenham a coragem de abrir seus corações a Deus sem reservas, incluindo a “lista” dos próprios pecados. E para explicar isso, o Papa recordou a história do santo que “dava tudo ao Senhor”, com extrema generosidade, mas ainda não havia entregado a Ele os seus pecados.
Quando formos capazes de dizer ao Senhor: ‘Senhor, estes são os meus pecados – não são daquele, daquele outro, são meus … Eles são meus. Tomá-los e então eu serei salvo’- quando formos capazes de fazer isso, vamos ser o belo povo, o povo humilde e pobre, que confia no nome do Senhor. O Senhor nos conceda esta graça”.

Fonte: Canção Nova

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